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Pivô de caso Amarilla fala em mal-entendido e nega complô na Libertadores

Do UOL, em São Paulo

06/07/2015 13h35

Envolvido em escuta telefônica que desencadeou no afastamento do árbitro Carlos Amarilla de partidas profissionais, o representante da Comissão de Arbitragem da Conmebol, Abel Gnecco, negou nesta segunda-feira a existência de um esquema para prejudicar o Corinthians na Libertadores de 2013.

Em entrevista ao jornal Olé, Gnecco conta que houve um “mal-entendido” quando comentou que  “Amarilla foi o maior reforço do Boca contra o Corinthians”. Gnecco conversava com Julio Grondona, então presidente da Associação de Futebol Argentino. O áudio foi captado por um programa de TV da Argentina.

Segundo Gnecco, o comentário foi meramente em tom informal, frisando que nunca se reuniu com Amarilla.

“Eu disse isso [sobre Amarilla ser o maior reforço do Boca] porque aqui na Argentina não queriam o Amarilla para apitar e eu disse em tom irônico que terminou sendo um reforço do Boca. Eu disse sem má fé. Um comentário boleiro. Mas depois deu essa volta toda”, disse.

O dirigente de arbitragem da Conmebol ressalta que Amarilla não seria escalado para a partida, mas que acabou sendo chamado pela postura firme em campo e por não ter fama de “caseiro” (expressão utilizada quando um árbitro tende a favorecer o time mandante).

“Eu gostava do Amarilla porque ele se parecia comigo quando eu apitava, sempre com a cara séria, duro, de poucas palavras com os jogadores, nada de confiança. Ele não era ‘caseiro’”.

Gnecco enviou um documento à Federação Paraguaia para pedir o retorno de Amarilla às atividades profissionais no país.