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Em meio a caso de corrupção, Traffic diz que rescisão foi bilateral

J. Hawilla é réu confesso no escândalo de corrupção da Fifa - Letícia Moreira/Folhapress
J. Hawilla é réu confesso no escândalo de corrupção da Fifa Imagem: Letícia Moreira/Folhapress

Do UOL, em São Paulo

07/07/2015 18h16

Envolvida no escândalo de corrupção da Fifa, a Traffic afirmou que o término da parceria de seu braço nos Estados Unidos com o Concacaf (Confederação de Futebol da América do Norte, Central e Caribe) se deu por mútuo acordo, e não partiu apenas de uma vontade da entidade.

“As partes concluíram que o término do contrato era o melhor para a Traffic, Concacaf e patrocinadores. Temos certeza que todos os projetos da Concacaf continuarão crescendo e com sucesso. A Traffic continuará trabalhando em outras entidades do futebol na região”, afirmou a empresa em nota oficial.

O término do acordo com a Concacaf inclui os direitos das próximas quatro edições da Copa Ouro (2015, 2017, 2019 e 2021), assim como as sete próximas edições da Liga dos Campeões da Concacaf. Também estão inclusos os direitos de todos eventos organizados pela Confederação, como torneios juvenis, eliminatórias para os Jogos Olímpicos e futsal

A Traffic pertence ao empresário J.Hawilla, réu confesso na investigação de extorsão, fraude eletrônica, lavagem de dinheiro e obstrução da justiça. O brasileiro fez um acordo para devolver US$ 151 milhões (cerca de R$ 450 milhões) ao Fisco dos Estados Unidos.

Em maio, o Departamento de Justiça dos Estados Unidos indiciou 14 pessoas por fraude, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha: nove dirigentes da Fifa e cinco executivos de empresas ligadas ao futebol.

O grupo é acusado de armar um esquema de corrupção com propinas de pelo menos US$ 150 milhões de dólares (mais de R$ 470 milhões), que existe há pelo menos 24 anos.

Ex-presidente da CBF, José Maria Marín está preso na Suíça, aguardando o processo de extradição para os Estados Unidos.