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PMs cobram indenização do Palmeiras por agressões de torcedores organizados

Súmula relata confusão em jogo entre Palmeiras e Botafogo - Reprodução/CBF - Reprodução/CBF
Súmula relata agressão de torcedores do Palmeiras em 2012
Imagem: Reprodução/CBF

Pedro Lopes

14/07/2015 06h00

Uma confusão ocorrida em 2012, em Araraquara, pode custar à principal torcida organizada da do Palmeiras e até ao próprio clube mais de R$ 700 mil: cinco policiais militares ingressaram com ação na Justiça cobrando indenização por agressões de membros da Mancha Alviverde.

O incidente aconteceu em uma partida entre Palmeiras e Botafogo na Fonte Luminosa, pelo Brasileirão 2012. Na ocasião, o alviverde vivia situação dramática e lutava contra o rebaixamento; exaltados, torcedores tentaram invadir o gramado e precisaram ser contidos pela polícia.

Os autores da ação não terão os nomes revelados pela reportagem - o processo corre em segredo de justiça. Na confusão, um deles afirma que teve uma fratura na costela, e todos sofreram ferimentos na cabeça. Segundo o relato, as cenas aterrorizaram crianças e famílias presentes no local e deixaram os próprios policiais com receio de trabalhar em outras partidas de futebol.

Depois do incidente, o Superior Tribunal de Justiça Desportiva puniu o Palmeiras com perda de mando de quatro jogos e multa. O alviverde, inclusive, tinha realizado uma promoção com ingressos mais baratos, tentando convocar a torcida para apoiar o time na luta contra o rebaixamento.

Dois anos depois, em dezembro de 2014, cinco dos policiais agredidos decidiram entrar com ação, que cobra da Mancha Alviverde, do Palmeiras e da Federação Paulista uma indenização de R$ 724 mil pelos danos físicos e morais causados pela confusão. O clube é réu por ser o mandante do jogo; a federação por ter permitido que ele ocorresse na Fonte Luminosa, que, segundo os PMs, não tinha condições suficientes para receber a partida.

Os policiais ainda afirmam que as imagens divulgadas na mídia deles sofrendo as agressões feriram sua imagem, sua honra e trouxe sequelas para as suas famílias.

A ação foi distribuída recentemente e organizada, Palmeiras e Federação Paulista ainda não apresentaram suas defesas. O processo corre na 1ª Vara da Fazenda Pública de Araraquara, no interior de São Paulo.