Chegada de Ronaldinho ao Flu vira chance de ouro para marketing contestado
Um dos departamentos mais criticados na administração do presidente Peter Siemsen, o departamento de marketing do Fluminense terá chance de ouro de dar a volta por cima com a contratação de Ronaldinho Gaúcho. O primeiro passo será a apresentação do camisa 10 no domingo, no Maracanã, antes do clássico com o Vasco pelo Campeonato Brasileiro.
O setor sempre apresentou certa dificuldade para lidar com a delicada relação de suas estrelas com a Unimed, mesmo após mudança de comando no ano passado. Agora, departamento terá a contratação de um grande nome para trabalhar sua imagem de forma independente. E terá que fazer sua parte para viabilizá-lo economicamente.
As principais críticas dirigidas ao departamento até hoje são relativas ao pouco proveito que era tirado da imagem de jogadores com identificação com a torcida, como Fred, Diego Cavalieri e Gum. Além disso, o programa de sócio-torcedor está relativamente estagnado desde 2013, quando alcançou a marca de 22 mil associados após o título brasileiro do ano anterior. Hoje, mesmo com diversas tentativas de alavancar o projeto, a marca está em ‘apenas’ 25 mil assinantes.
A defesa do marketing do Fluminense em relação aos resultados modestos era de que havia pouca receita disponível para o departamento graças às dificuldades financeiras vividas desde 2013, com a intensificação das penhoras da Fazenda Nacional no clube. Agora, com a necessidade de viabilizar Ronaldinho, a tendência é que o investimento no setor volte a subir.
No Flamengo, porém, o marketing com Ronaldinho acabou não rendeu os frutos esperados. O Rubro-negro chegou a lançar alguns produtos com a marca do camisa 10, como um boneco, mas as vendas ficaram longe de viabilizar a fatia que o time pagava no salário do craque, de cerca de R$ 750 mil. Os atrasos frequentes, inclusive, possibilitaram o rompimento do vínculo por parte do craque na Justiça de forma unilateral. No total, o jogador recebia cerca de R$ 1,25 milhão.
A primeira grande ação do clube é a recepção de Ronaldinho no Maracanã, antes do clássico com o Vasco. O jogador será apresentado com pompa semelhante à reservada a Conca em 2014, mas com participação dos torcedores. Assim como o argentino, ele dará sua primeira coletiva no estádio. Depois, o camisa 10 segue para o gramado, onde será festejado pelos tricolores presentes nas arquibancadas.
O marketing foi peça essencial na contratação de Ronaldinho. Em operação capitaneada pelo vice presidente de futebol Mário Bittencourt, o departamento participou ao planejar ações com o camisa 10 que têm como objetivo aumentar e viabilizar um rendimento de cerca de R$ 800 mil mensais ao craque.
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