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Novo presidente do Mogi conta com Rivaldo até o fim do ano; filho pode sair

Rivaldo fez infiltração no joelho para poder voltar a jogar futebol - Léo Santos/Futura Press/Estadão Conteúdo
Rivaldo fez infiltração no joelho para poder voltar a jogar futebol Imagem: Léo Santos/Futura Press/Estadão Conteúdo

Vagner Magalhães e Vanderlei Lima

Do UOL, em São Paulo

17/07/2015 06h00

O novo presidente do Mogi Mirim, Luiz Henrique Oliveira, que comprou o clube na última quarta-feira, disse que espera contar com o meia Rivaldo até o fim da Série B do Campeonato Brasileiro, "desde que a parte física resista".
 
Rivaldo é ex-presidente e ex-proprietário do clube. O contrato de venda foi assinado na noite de quarta-feira. Na véspera, em campo, Rivaldo colaborou na vitória da equipe contra o Macaé por 3 a 1. Ele marcou de pênalti, enquanto seu filho, Rivaldinho marcou os outros dois gols.
 
Sem revelar o valor da transação, que pode ter envolvido até R$ 20 milhões, Oliveira diz que ainda haverá discussões internas e os projetos para o futuro do Mogi deverão ser apresentados na próxima semana. 
 
"Eu já sou o presidente do clube, mas ainda é preciso homologar isso. Tenho um grupo de trabalho e vamos empossar a parte da diretoria. Somos um grupo de investidores", disse ele. Além de jogar, Rivaldo seguirá como consultor do clube.
 
Rivaldo assumiu o clube - pelo qual jogou nos anos 90 - em 2008 e teria investido mais de R$ 10 milhões na equipe. Rivaldinho, filho do jogador, também deixou o conselho deliberativo do clube.
 
O contrato do filho, como jogador, vence no dia 20 de agosto e depende da nova diretoria a renovação. "Eu não sei o que vai acontecer. Ainda vão decidir e conversar. Se eu não renovar, tem algumas coisas encaminhadas para mim", afirmou.
 
Rivaldinho diz que todo mundo espera que seu pai siga jogando, mas essa é uma decisão dele. Ao lembrar do jogo de terça-feira, em que marcou duas vezes e sofreu o pênalti que seu pai converteu, diz que se essa for a despedida, foi a melhor do mundo.
 
"Eu espero ainda jogar com ele, mas como meu contrato está vencendo (...) Se não acontecer mais, esse jogo contra o Macaé foi a nossa melhor despedida para o mundo. Agora, se tivermos outras oportunidades, espero que se repita o que vivemos contra o Macaé".
 
O jogador diz que seu pai fez muito sacrifício pelo Mogi. "Quando ele chegou, não tinha nem divisão. Jogava só o Paulista. Para chegar na Série B, ele (Rivaldo) teve de investir. Nunca perguntei quanto ele gastou, quanto ele ganhou. Procuro não me meter na vida dele. Todo mundo fala que ele perdeu dinheiro. Não é fácil bancar um clube de futebol".