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Fifa anuncia eleição para fevereiro e dá força para Blatter eleger aliado

João Henrique Marques

Do UOL, em Zurique (Suíça)

20/07/2015 08h56

A Fifa definiu nesta segunda-feira a data de uma nova eleição presidencial. O pleito ocorrerá em 26 de fevereiro de 2016. O acordo foi selado após reunião do Comitê Executivo da entidade na manhã desta segunda-feira na sede da entidade em Zurique, na Suíça.

A decisão de marcar uma nova eleição somente para o próximo ano representa uma vitória para Joseph Blatter, atual presidente da FIfa e que havia renunciado ao cargo em junho. Com o longo tempo de espera por um novo pleito, o dirigente suíço impede a UEFA, confederação de maior oposição, de agilizar o plebiscito para dificultar a indicação quase que imediata do substituto.

De momento, o secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, aparece como o mais cotado pela situação. Com a obrigação de indicar o candidato quatro meses antes da eleição, a ala de Blatter tem até o fim de outubro para tomar a decisão. O prazo de inscrição de candidatos termina em 26 de outubro.

Michel Platini, o presidente da Uefa, esperava ver a ala da situação enfraquecida em meio às ainda pesadas investigações de corrupção. Platini é o nome mais forte da oposição no momento e já busca apoio de outras confederações. No final de semana em Zurique ele se reuniu com representantes da Ásia e América do Sul.

A ação do francês contra o presidente da Fifa ainda não terminou. A luta atual é para que o suíço já deixe o posto presidencial e coloque um interino até o fim da eleição. No dia 2 de junho, quatro dias após ser reeleito, Blatter anunciou que vai deixar o cargo. Desde então, trabalha nos bastidores para a eleição de um aliado.  

O grande problema encarado pela UEFA no momento é a falta de apoio da África. O continente é que o tem o maior número de votos na eleição, com 54 no total de 209. A entidade europeia tem  53. Na sequência estão Ásia (46), Concacaf (35), Oceania (11) e Conmebol (10).

Além de Platini, o brasileiro Zico também já lançou sua campanha ao cargo. O dirigente da Libéria, Musa Bility, foi outro. Os dois, no entanto, não contam com muitos aliados nas confederações. 

Vale lembrar que a reunião do Comitê Executivo da Fifa não contou com a participação do presidente da CBF, Marco Polo Del Nero. De maneira oficial, ele avisou que ficou no Brasil para tratar da CPI e da MP do futebol.