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Hulk cita "racismo quase diário" na Rússia e diz que agora reage com beijos

Hulk fez críticas aos atos racistas ocorridos durante a rodada do Campeonato Russo - Dmitry Lovetsky / AP
Hulk fez críticas aos atos racistas ocorridos durante a rodada do Campeonato Russo Imagem: Dmitry Lovetsky / AP

Do UOL, em São Paulo

20/07/2015 19h26

Os atos racistas ocorridos na primeira rodada do Campeonato Russo não passaram impunes pelo atacante Hulk. Nesta segunda-feira, o brasileiro do Zenit disse que incidentes desse tipo acontecem com frequência na Rússia. De acordo com o meia-atacante, a reação aos insultos mudou após alguns meses

"Isso acontece em quase toda partida na Rússia, mas o mundo não ouve isso porque eles tentam silenciar. Vejo isso acontecer toda hora. Costumava ficar muito nervoso com isso, mas agora eu só mando um beijo para os torcedores e tento não ficar com raiva", disse Hulk ao término dos trenos do Zenit.

Hulk afirmou, porém, que lamentaria muito se atos racistas ocorressem durante a Copa do Mundo 2018. "É sempre muito triste, é uma vergonha, isto não deveria acontecer. Se acontecesse durante um jogo do Mundial 2018, na Rússia, seria escandaloso".

A mais nova vítima de racismo na Rússia é o ganês Emmanuel Frimpong, volante do UFA. Na última sexta-feira, o atleta recebeu insultos durante o jogo contra o Spartak Moscou. O jogador, entretanto, rebateu e xingou os torcedores, mostrando até o dedo médio. Em seguida, Frimpong acabou expulso pelo árbitro russo Vladimir Moskalev.

Em outubro de 2014, Hulk foi alvo de atos racistas em uma partida Zenit e Spartak Moscou. De acordo com o jogador brasileiro, pelo menos em duas ocasiões um grupo de torcedores imitou sons produzidos por macacos nas arquibancadas.