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Jornal: Presídio suíço oferece a Marin serviços de ajudante de cozinheiro

José Maria Marin foi detido no fim de maio, na Suíça, acusado de corrupção  - Antonio Lacerda/EFE
José Maria Marin foi detido no fim de maio, na Suíça, acusado de corrupção Imagem: Antonio Lacerda/EFE

Do UOL, em São Paulo

22/07/2015 08h14

A administração do presídio onde José Maria Marin está detido desde 27 de maio ofereceu serviços para o dirigente passar o tempo. De acordo com o jornal O Estado de S. Paulo, o ex-presidente da CBF poderá atuar como ajudante de cozinheiro, assim como trabalhar no setor de etiquetagem.

Pelos serviços, Marin ganharia por dia o equivalente a R$ 60.

No setor de etiquetagem, Marin contribuiria preenchendo endereços em pacotes de serviços para o correio. O Estado de S. Paulo destaca que não houve resposta por parte dos advogados de Marin e da administração do presídio sobre se o dirigente aceitou os serviços oferecidos.

Na última terça, aconteceu a primeira audiência na Suíça sobre o pedido de extradição feito pela Justiça dos Estados Unidos. A expectativa dos advogados é de que entre os dias 3 e 6 de agosto Marin saiba seu destino. Se a extradição for recusada, provavelmente responderá às acusações de ter recebido propina e conspirado para lavagem de dinheiro em liberdade no Brasil. Caso contrário, será transferido para uma cadeia nos Estados Unidos.

Marin teve medo de ser envenenado na cadeia

O blogueiro do UOL, Ricardo Perrone, descreveu os primeiros dias de Marin na prisão em Zurique. As primeiras reações ao ser preso foi o pavor de tomar veneno no cárcere por obra de alguém interessado em sua morte. Assim, durante por volta das 72 primeiras horas trancafiado, ele decidiu que só beberia água da torneira, mais segura.

A preocupação extrema encontra uma de suas justificativas no fato de Marin, como advogado, sempre dizer aos amigos que um dos maiores riscos de quem vai preso é ser envenenado no presídio.

Sem falar inglês, Marin não sabia exatamente o que estava acontecendo. Perdeu a noção de tempo, e achava que logo voltaria para casa. Tanto que, no início, após acordar e tomar banho, chegou a vestir terno para partir, em vão. 

Os 70 euros quinzenais depositados por sua família para serem gastos numa lojinha disponível na prisão o ajudam a cuidar da alimentação com iogurte e barras de cereal.