Cinco mudanças explicam sucesso do Palmeiras de Marcelo Oliveira
Neste domingo, o Palmeiras goleou o Vasco por 4 a 1 e entrou no G4 em grande estilo. O time que estava em campo, porém, tinha poucas diferenças em relação ao que atuou antes da chegada de Marcelo Oliveira; com exceção de Egidio, eram nomes que já estavam a disposição de Oswaldo de Oliveira. Desde a contratação do novo comandante, entretanto, muita coisa mudou no Palmeiras.
1) A consolidação de um time base
Durante a disputa do Paulista e o começo do Brasileiro o Palmeiras passou por muitas mudanças: Tobio foi titular, depois perdeu a posição; Cristaldo e Leandro Pereira se revezaram no comando do ataque; na armação Valdivia teve seus momentos, assim como Robinho e Zé Roberto. Marcelo Oliveira definiu e fechou um time base. Até poupa alguns jogadores quando necessário, mas o Palmeiras titular hoje tem: Fernando Prass, Lucas, Victor Ramos, Vitor Hugo e Egídio; Gabriel e Arouca; Dudu, Robinho e Rafael Marques; Leandro Pereira.
2) A defesa sólida
Em nove jogos sob o comando de Marcelo Oliveira, a defesa do Palmeiras levou apenas quatro gols - média de 0,44 gol por jogo. Com Oswaldo de Oliveira, que disputou o Paulista diante de adversários com menor expressão, a média era mais alta: 0,77gol sofrido por jogo. No Brasileiro sem Marcelo o Palmeiras sofria, em média, 1 gol por jogo. A defesa melhorou.
3) A recuperação dos atacantes
Antes da chegada de Marcelo, o comando de ataque era considerado a maior fraqueza do Palmeiras: mesmo com a contratação de Barrios encaminhada, o clube trouxe Alecsandro como um negócio de oportunidade para resolver o problema. Antes do treinador, Leandro Pereira tinha três gols em 18 jogos; depois, marcou seis vezes em sete partidas - a média foi de 0,17 gol/jogo para 0,86 gol/jogo. Cristaldo viu sua média sem o treinador saltar de 0,33 gol/jogo sem o treinador para 0,5 gol/jogo depois da chegada.
4) Nova metodologia
Marcelo Oliveira é muito preocupado com o descanso dos jogadores: respeita rigorosamente as necessidades de folgas e, na semana passada, com sete dias para trabalhar, concedeu folga dupla ao elenco, na segunda e na terça. Em entrevistas coletivas, o treinador fala abertamente sobre a impossibilidade de forçar treinos táticos com os atletas desgastados. Isso melhorou a intensidade da marcação do Palmeiras durante os 90 minutos.
5) O fim dos cartões
O Palmeiras vinha tomando muitos cartões - isso significava mudanças no time, suspensões e, por vezes, expulsões. Logo que assumiu, Marcelo Oliveira disse que trabalharia para reduzir isso, e conseguiu. Antes do técnico, o time recebia, em média, 2,4 amarelos por jogo. Nas partidas com ele, o número caiu para 1,55 por partida.
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