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Sem definição: Sul-Minas promete 'pagar mais' e terá novo encontro em MG

Presidente do Grêmio, Romildo Bolzan Júnior, recebe interessados na Copa Sul-Minas - Marinho Saldanha/UOL
Presidente do Grêmio, Romildo Bolzan Júnior, recebe interessados na Copa Sul-Minas Imagem: Marinho Saldanha/UOL

Marinho Saldanha

Do UOL, em Porto Alegre

07/08/2015 17h19

O objetivo de consolidar a Copa Sul-Minas não é apenas técnico. Mas financeiro. Como alternativa aos Estaduais, a competição pretende unir representantes de Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Paraná e Minas Gerais, além de Flamengo e Fluminense como convidados, o torneio tomou corpo em nova reunião, ocorrida nesta sexta-feira (08), na Arena do Grêmio. Não houve definição, mas avanços e principalmente a prerrogativa de ser mais interessante que os Estaduais financeiramente. 

"Tivemos muitos avanços. Foi uma reunião muito produtiva, conciliamos as necessidades dos clubes, da CBF, das Federações, de redes de televisão. Enfim, evoluímos muito", explicou o porta-voz do movimento, André Macias, vice-presidente do Coritiba. 
 
Estiveram presentes Nilton Macedo Machado, representando o Avaí,  Cláudio Gomes representando o Criciúma, Vitório Píffero em nome do Internacional, Jandir Bordignon pela Chapecoense, o Atlético-MG esteve representando por Daniel Nepomuceno, Valdir Barbosa representou o Cruzeiro, Bruno Spindel em nome do Flamengo, Wilfredo Brillinger pelo Figueirense, Mauro Celso Petraglia pelo Atlético-PR, André Macias pelo Coritiba, Leonardo Roesler pelo Joinville e Carlos Eduardo Cardoso pelo Fluminense. 
 
Uma nova reunião, que deve definir os moldes do torneio e dar o último passo antes da conclusão de contratos está marcada para o dia 21 de agosto e será realizada na sede do Atlético-MG. 
 
"Há um interesse de mercado, e principalmente dos clubes. O que nos move é ser mais interessante financeiramente que os Estaduais. Temos um déficit muito grande nos quatro primeiros meses do ano, sobre o que se gasta e as cotas que recebemos. Será uma opção para equiparar as rendas com outros grandes clubes", atestou Macias. 
 
A comparação se dá com clubes de São Paulo. Com o Estadual mais forte e melhor pago pela televisão, as equipes lucram mais que concorrentes de outras partes do Brasil. E para contemplar as Federações, descontentes pela consolidação de uma competição paralela, nenhum dos torneios regionais será 'esvaziado'. 
 
"Não vamos enfraquecer os Estaduais. Os clubes tem torcedores em todos os lugares. Aqui, por exemplo, Inter e Grêmio tem torcedores por qualquer região. Não é diferente no Paraná... Todos vão seguir disputando os Estaduais. Vamos nos adequar a isso", explicou. 
 
As negociações de publicidade e redes de televisão interessadas em transmitir os jogos ainda não estão ocorrendo. Mas a consolidação do torneio, abrirá a perspectiva para outras empresas. E pagará melhor os clubes. 
 
 
O projeto debatido nesta sexta-feira será apresentado à CBF após o encontro do próximo dia 21. A entidade máxima do futebol brasileiro, porém, resiste à ideia. 
 
"Os clubes estão todos unidos, está tudo definido, falta as tabulações, algumas definições, regramento. Não posso afirmar que a competição está definida, que vai sair, mas posso dizer que está tudo muito bem encaminhado e caminhando como queremos", sacramentou o presidente do Grêmio, Romildo Bolzan Júnior.