Topo

Volante França tem gratidão por Dani Bolina e diz: "todo jogador faz festa"

França em ação pelo Palmeiras em 2014 - Reinaldo Canato/UOL
França em ação pelo Palmeiras em 2014 Imagem: Reinaldo Canato/UOL

Daniel Lisboa e Vanderlei Lima

Do UOL, em São Paulo

19/08/2015 06h00

O volante França, ex-Palmeiras, ainda tem 24 anos, mas já encarou muita coisa na carreira: pegou tuberculose na Alemanha, foi acusado de baladeiro, brigou com policiais, se envolveu em um capotamento e ainda teve que lidar com as fofocas sobre seu relacionamento com a ex-panicat Dani Bolina. Isso não impediu, porém, que os clubes seguissem com as portas abertas ao atleta. Hoje no Figueirense, França esclarece algumas questões polêmicas sobre sua época no Verdão, agradece a Dani Bolina e diz que “todo jogador faz festa” ao explicar que entende a fama é exagerada.

Nunca cheguei bêbado

França chegou a ser um dos queridinhos da torcida em seu início no Palmeiras, pela raça demonstrada em campo. Porém, para o jogador, o que incomodou mesmo foi a repercussão de uma festa de aniversário que teria contribuído para atrapalhar sua vida no time paulista. Dali em diante, viu a coisa desandar.

“Alguém falou para a imprensa de São Paulo e isso acabou se espalhando. Disseram que eu estava fazendo festa para mais de 40 pessoas, só que não foi o que aconteceu”, diz França. “Eu estava com a minha filha também, estava comemorando com a minha família, tanto é que eu falei com o meu empresário Marcelo Lipatin. Comuniquei a ele que ia fazer o meu aniversário, que eu tinha direito, fazia tempo que eu não via a minha filha, eu tinha acabado de chegar da Alemanha”, explica o jogador, que completa. “E eu nunca cheguei bêbado não. Eu sei das minhas responsabilidades e chegava cedo para treinar.”

França, entretanto, não atribui sua saída do Palmeiras aos boatos sobre as festas. Para ele, as lesões, e a chegada de novos jogadores, foram decisivas para a perda de espaço na equipe. Tanto que o próprio França teria pedido ao seu empresário, e ao então diretor executivo José Carlos Brunoro, para deixar o clube. Com isso, foi para o Figueirense durante a parada para a Copa do Mundo do ano passado.

Briga foi “mal-entendido”

Uma das polêmicas que marcaram sua trajetória foi quando se envolveu em uma briga com um PM em uma casa noturna. “Isso (a briga com policiais em Santa Catarina) foi um mal-entendido. O vídeo está aí para todo mundo ver. Eu estava com a minha namorada, de folga, a gente tinha ganhado o clássico contra a Chapecoense, estávamos num pagode e a torcida rival veio me provocar. Paguei a conta, fui embora do local, os ânimos se exaltaram e acabou acontecendo a discussão”, justifica o jogador.

“Dani Bolina sempre me ajudou”

França viu seu nome em noticiários nos tempos de Palmeiras por um romance com Dani Bolina, o que teria feito perder o foco no futebol. O volante admite que de fato namorou a ex-panicat, mas é incisivo sobre os boatos. Disse que a relação foi boa e ela até ajudava com conselhos “A Dani é uma pessoa que sempre me ajudou. Era uma pessoa muito especial, humilde, tudo de bom, nunca fez mal para mim. Não é verdade o que falaram. Faz tempo que a gente não se fala, mas o meu carinho continua o mesmo e espero tudo de bom para ela. Eu só agradeço a ela tudo o que fez por mim.”

E, se ainda restam dúvidas a respeito do carinho de França por Dani Bolina, o volante acredita que ter conhecido a modelo foi um dos fatos mais marcantes de sua carreira. “Além do pessoal do Figueirense, que abriu as portas para mim”, completa o jogador.

França diz acreditar que tem que agradecer a Deus, dessa vez por conta de outro episódio: ter saído ileso de um acidente de carro sofrido em Florianópolis. “Nunca bati o carro, qualquer pessoa está sujeita a isso. Eu estava vindo da estrada, estava chovendo, eu acabei perdendo o controle e capotei”, relembra o jogador.

Pai de uma menina de 4 anos, fã de tatuagens (tem em torno de 50 delas), França hoje está de namorada nova (é separado da mãe de sua filha) e diz que seu único arrependimento na vida foi o recente entrevero com os policiais em Santa Catarina. “Sou um jogador que veio de uma família humilde, que quer crescer, que quer guerrear pela família, sou um guerreiro.”