Posse de bola vira obsessão para Marcelo Oliveira no Palmeiras
Duas vitórias seguidas e um discurso de insatisfação. O clima é de exigência no Palmeiras e o principal objetivo do comandante é aumentar a posse de bola de sua equipe. A lógica de Marcelo Oliveira é simples: quanto menos a bola estiver no pé do adversário, menos chance ele criará.
Nas duas últimas partidas, o Alviverde venceu o Cruzeiro por 2 a 1, pelas oitavas de final da Copa do Brasil, e teve apenas 39% da posse de bola ao fim da partida. Dias antes, na vitória por 4 a 2 contra o Flamengo, pela 19ª rodada do Brasileirão, a posse de bola foi menor ainda: 37%.
Foi por isso que Marcelo justificou a troca na escalação de sua equipe. A ideia é dar qualidade de passe formando uma equipe com Zé Roberto, Cleiton Xavier e Arouca. Não deu certo.
"O desempenho poderia ser melhor e é a segunda que vez que a gente faz o gol cedo. É importante, mas a gente não sabe usufruir disso. Quando se faz um gol, é fundamental poder controlar mais o jogo, ficar com a bola e usar o contra-ataque. Mais uma vez, a gente vacilou. O Cruzeiro jogou muito aqui. Deveríamos ter ficado mais com a bola. Ao menos, estamos sendo efetivos", disse o comandante, para voltar a reclamar da falta de controle alviverde.
"Eu até abordei isso anteriormente, não gosto de ver esse tipo de jogo. Precisamos ter um jogo mais equilibrado. O time era muito técnico para perder a bola do jeito que perdeu. O pior é que os adversários estão jogando muito tranquilo na nossa casa. Eles chegaram aqui e estão jogando com tranquilidade. Não dá para ficar falando sempre da ausência do Gabriel, porque ele não vai voltar tão cedo", completou.
O comandante sofre bastante neste quesito desde a lesão de Gabriel. Para piorar o cenário, Arouca pode ficar afastado por mais tempo dependendo dos resultados de seu exame.
Independentemente da formação, Oliveira afirma que continuará trabalhando a posse de bola em seus treinamentos. Segundo ele, no futebol atual, é impossível ser competitivo se não conseguir dominar a bola por mais tempo.
“Não existe a proposta de só jogar e deixar o adversário jogar. É muito perigoso. Poderíamos levar dois gols do Cruzeiro, levou dois do Flamengo... Precisamos marcar mais, o time fica muito exposto. Mas ainda não encontramos ali a sintonia para que as coisas encontrem de forma mais equilibrada. E hoje (quarta-feira) tinha todo o cenário. Mas não gostei da produção como um todo. Fizemos boas jogadas de ataques, mas esporádicas e isoladas”, lamentou.
O próximo teste para o Palmeiras de Marcelo Oliveira está marcado para este domingo, às 18h30, contra o Atlético-MG, em Belo Horizonte.
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