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"São Paulo não pode fazer a besteira de perder Osorio", diz Pato

Guilherme Palenzuela

Do UOL, em São Paulo

21/08/2015 12h20

Autor do gol solitário do São Paulo na derrota para o Ceará, nesta quinta-feira (20), pela Copa do Brasil, o atacante Alexandre Pato concedeu entrevista coletiva nesta sexta-feira no CT da Barra Funda e falou sobre a possibilidade do técnico Juan Carlos Osorio aceitar uma proposta da seleção do México. Para ele, que evoluiu desde a chegada do treinador colombiano, o São Paulo "fará besteira" se não segurar o comandante.

"Acho que se o Osorio sair o São Paulo vai perder muitas coisas. O Brasil perde um treinador importante, diferente. Acho que o São Paulo não pode fazer a besteira de perder o Osorio nesse momento", falou Pato, que também comentou a proposta do Atalanta, da Itália, pelo zagueiro Rafael Toloi: "Seria uma tragedia perder agora o Toloi, é um grande jogador".

"A gente está se esforçando, trabalhando ao máximo, mas a gente está pecando em alguns momentos. O treinador [Osorio] veio ao Brasil com um modo de jogar e acho que ele tem que continuar. Quer construir algo novo no futebol brasileiro. Temos que dar confiança a ele. Ele tem o grupo na mão, sabe que os jogadores estão focados nessa mudança", completou o atacante.

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Pato também pediu um posicionamento mais próxima da diretoria em momentos como o atual: "Acho que nesses momentos a diretoria tem que chegar um pouco mais perto dos jogadores para explicar qual é o planejamento. Mas isso vai se resolver. Temos um treinador que é um cara muito inteligente. Temos que respeitá-lo, temos que dar a vida por ele dentro de campo"

Pato também falou sobre a proposta feita pelo Galatasaray, de 5 milhões de euros, e recusada pelo Corinthians, que pede o dobro para que o contrato de empréstimo com o São Paulo possa ser quebrado até o próximo dia 31. "Não tem nada concreto. Foi uma conversa, e nada. Conversei com Osorio, falei que não tinha nada. Meu foco está no São Paulo", afirmou.

Depois de ver uma disputa entre insultos da torcida organizada e gritos de apoio do torcedor comum a Paulo Henrique Ganso e Michel Bastos, Pato comentou com certa ironia sobre o comportamento das arquibancadas do Morumbi na última derrota. "A cobrança sim, ontem foi estranha. Uma parte gritava, outra apoiava. Acho que as duas torcidas têm que chegar a um encontro. Ou torcer ou xingar. Se você vai a um estádio, acho que tem que ir para apoiar. Quanto mais apoio, melhor para que a gente consiga sair desse momento", falou.

O atacante ainda relatou que conseguiu dormir às 4h30 após a derrota. O São Paulo começou o treino no CT às 9h30. "Saí do doping às 2h, tentei dormir, fui dormir às 4h30. Perder um jogo assim dentro de casa, independente do adversários, dos jogadores. Trabalhamos, 73% de bola, 22 finalizações contra 3 do Ceará. Infelizmente você trabalha, tenta. Ontem eu recebi uma mensagem da minha mãe que falou que o goleiro do Ceará foi o herói do jogo", falou.