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Ação de Pescarmona contra Nobre por quadras de tênis no Palmeiras é extinta

Paulo Nobre e Wlademir Pescarmona foram candidatos à presidência do Palmeiras - Site Oficial/Palmeiras
Paulo Nobre e Wlademir Pescarmona foram candidatos à presidência do Palmeiras Imagem: Site Oficial/Palmeiras

Danilo Lavieri

Do UOL, em São Paulo

26/08/2015 16h11

Wlademir Pescarmona não teve sucesso na ação que moveu contra o Palmeiras e Paulo Nobre reclamando da falta de construção de quadras de tênis na sede social do clube paulista. Na petição inicial, elaborada em fevereiro deste ano, ele pede que o projeto inicial da reforma seja mantido e pede que o presidente alviverde responda com seus bens particulares, se assim a Justiça julgar necessário.

O ex-diretor de futebol e candidato da oposição na última eleição explicou que ainda poderá ir para a Justiça Comum e disse que não pretende ganhar um centavo com a ação.

"Eu entrei com a ação nos Pequenas Causas, mas a juíza declarou que isso foge da alçada dela, recomendando que eu entrasse na Justiça Comum. E é o que eu vou fazer. O sócio votou em um projeto e teria a construção das quadras que não foi cumprida. O sócio não poderia ser onerado. Tenho os documentos da época e quero deixar claro que não processo o Palmeiras nem a pessoa física do presidente. Eu quero apenas que o projeto seja cumprido", explicou Pescarmona em contato telefônico.

"Eu não quero dinheiro. Eu defini o valor da ação em R$ 1 mil justamente por não querer nada. Se eu quisesse, pediria R$ 100 mil. Se eu ganhar, nem vou pedir esse dinheiro. Só quero saber da quadra. E, quando falo em danos morais, peço em nome do associado. Quem engoliu poeira para ver essa belíssima arena de hoje em dia foi o associado que estava lá todos os dias", completou.

Além de dar a possibilidade de punir Paulo Nobre com seus próprios bens, a petição de Pescarmona, obtida pelo UOL Esporte, pedia uma ação do presidente alviverde em três meses.

"Em suma, embora tenha a obrigação do cumprimento contratual e estatutário, vislumbra-se, sobranceiro de qualquer dúvida, que o Sr. Presidente revela-se totalmente omisso nesta questão, conforme as disposições estabelecidas em lei, devendo, por tal omissão responder por perdas e danos e danos morais, com seus bens particulares".

"Ante o exposto, requer-se a citação dos réus - SOCIEDADE ESPORTIVA PALMEIRAS e PAULO NOBRE, para que respondam aos termos da presente ação de obrigação de fazer, julgando a ação procedente com a obrigação de fazer consistente no cumprimento da obrigação contratual para a execução de 3 (três ) quadras de tênis no edifício poli esportivo, concedendo-lhe um prazo razoável de 3 ( três) meses, sob pena do artigo 287 do Código de Processo Civil, condenando-os, solidariamente ao pagamento das perdas e danos e danos morais decorrentes da omissão."

O projeto original da WTorre, construtora responsável pela modernização do antigo Palestra Itália, previa a entrega de sete quadras, sendo três delas no prédio poliesportivo, fato que ainda não aconteceu. Atualmente, quatro estão à disposição.

Wlademir Pescarmona tem no tênis e no grupo que frequenta o espaço o seu principal reduto político. Ele é praticante do esporte e está quase todos os dias no clube neste departamento. Na eleição no ano passado, foi de lá que ele teve o maior apoio.

O Palmeiras não comenta ações judiciais em andamento.