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Postura irrita Flu e deixa substituto da Unimed desgastado nas Laranjeiras

O empresário Neville Prôa, dono da Viton 44, deu declarações polêmicas recentemente - Marcelo Sadio/Divulgação/Flickr Vasco
O empresário Neville Prôa, dono da Viton 44, deu declarações polêmicas recentemente Imagem: Marcelo Sadio/Divulgação/Flickr Vasco

Rodrigo Paradella

Do UOL, no Rio de Janeiro

26/08/2015 06h01

Muito celebrada pela torcida do Fluminense no começo do ano ao substituir a Unimed como principal patrocinadora do clube, a Viton 44 não vive mais a lua de mel inicial com o time das Laranjeiras. A postura polêmica do dono da empresa fabricante do Guaraviton, Neville Proa, causou desgaste na relação com o Tricolor.

Recentemente, o empresário detonou a estratégia de divulgação do Fluminense na estreia de Ronaldinho Gaúcho e chegou a dizer que não via retorno concreto na contratação, maior aposta do Tricolor neste ano. Como era de se imaginar, as palavras de Neville não foram bem recebidas nas Laranjeiras. Na ocasião, a reclamação foi sobre um treino fechado na Urca dia antes da primeira partida do camisa 10 pelo clube.

“Me prejudica [o treino fechado]. Tudo aquilo que o clube possa fazer - e a finalidade é essa - para colocar o nosso nome, para aumentar nossa divulgação ao público carioca, obrigatoriamente teria que acontecer. Mas, infelizmente, o pessoal não entende isso. Estão ganhando um dinheiro que pagamos e o resto que se dane. Não é preciso nem falar”, atacou Neville Prôa em entrevista à Rádio Brasil.

Até mesmo o Ronaldinho Gaúcho e seu irmão e empresário Assis entraram na mira de Neville, que reclamou de pedidos do representante do camisa. O dono da Viton 44 está insatisfeito com o retorno do patrocínio e já deixou claro que pretende encerrar a parceria no fim do ano, mesmo com contrato válido até o dezembro de 2016 com o Tricolor.

“Esses caras ganham muito dinheiro. E se o Fluminense contratou o Ronaldinho é porque tem condição de pagar. Tiveram aqui para tentar tirar mais um pouco aqui. O irmão dele chegou na fábrica para tentar ganhar alguns “merréis” pela presença do Ronaldinho. Absurdo, rapaz. Estamos num mundo maluco”, completou o empresário.

As reclamações de Neville não caíram nada bem nas Laranjeiras. Questionado sobre as declarações do empresário, no entanto, o vice presidente de futebol Mário Bittencourt amenizou as palavras do parceiro, mesmo sendo responsável por algumas das atitudes criticadas pelo empresário.

“No Fluminense tem esse negócio de patrocinadora… como se o Matte Viton fosse só do Fluminense. Ele patrocina outros grandes do Rio. Essa pergunta [sobre insatisfação do empresário com o futebol] tem de ser feita a mim, Vasco e Flamengo. É a opinião dele e esperamos que ele reveja essa posição. Mas é uma coisa muito pessoal. Diferentemente do modelo que o Fluminense tinha, é um modelo convencional hoje, como qualquer outro clube do futebol brasileiro. Espero que ele fique no futebol por muitos anos, mas, se não estiver conosco, teremos outro patrocinador na camisa, com toda a certeza”, avaliou Mário Bittencourt também à Rádio Brasil.

Hoje, a permanência da patrocinadora na camisa do Fluminense ainda está indefinida após o fim deste ano. O Tricolor precisa convencer a Viton 44 a manter o contrato assinado em dezembro de 2013 em vigor, já que a intenção da empresa é rescindir o compromisso caso a situação econômica não melhore.

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