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Sem grana, Santos emplaca política 'custo zero' em reforços e faz sucesso

Marquinhos Gabriel integra lista de reforços. Santos ainda aposta em taxa de vitrine - Divulgação/Santos FC
Marquinhos Gabriel integra lista de reforços. Santos ainda aposta em taxa de vitrine Imagem: Divulgação/Santos FC

Samir Carvalho

Do UOL, em Santos (SP)

27/08/2015 06h00

O sucesso do Santos na temporada, com direito a título paulista e classificação para as quartas de final da Copa do Brasil, não se resume apenas a grande fase de Lucas Lima e dos Meninos da Vila – Geuvânio, Gabigol e companhia. Sem dinheiro até para pagar a conta de luz no início do ano, a diretoria santista apostou na política “custo zero” para contratar reforços. A cúpula alvinegra está satisfeita com o resultado e, inclusive, pretende renovar o contrato da maioria. Ricardo Oliveira, artilheiro do time na temporada, com 24 gols, encabeça a lista. 

Foram doze jogadores contratados – Vanderlei, Chiquinho, Werley, Valencia, Marquinhos Gabriel, Rafael Longuine, Marquinhos, Elano, Nilson, Neto Berola, Ricardo Oliveira e Leandro. Tanto para contratar em definitivo ou por empréstimo, o clube paulista não desembolsou nenhum valor pelos atletas. Só paga os salários. 

Entre os jogadores emprestados, casos de Marquinhos Gabriel, Werley, Marquinhos e Neto Berola, o Santos ainda priorizou duas cláusulas no contrato – prioridade de compra em definitivo, com valor fixado, e taxa de vitrine.

O atacante Leandro, do Palmeiras, é o único reforço contratado sem a opção de compra. O empréstimo do atleta possui apenas a taxa de vitrine.

Na maioria dos contratos, a taxa de vitrine prevê entre 30% e 40% sobre os direitos econômicos dos jogadores. Caso algum atleta seja vendido durante a vigência do contrato, o Santos tem direito a porcentagem em cima do valor total da negociação.

Além de não pagar nada para trazer os reforços, a diretoria santista estipulou um teto salarial. Nenhum dos contratados recebe mais do que R$ 150 mil. Reforços mais modestos, casos de Marquinhos, Longuine e Nilson, o clube paga pouco mais de R$ 50 mil mensais para mantê-los.

A diretoria santista também apostou nos contratos de produtividade para contratar os experientes Ricardo Oliveira e Elano. A dupla fez uma espécie de “contrato de teste” para a disputa do Campeonato Paulista, com salários aproximadamente de R$ 50 mil mensais. Aprovados no primeiro semestre, os dois estenderam o vínculo e receberam aumento salarial.