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Santos deve ao Pacaembu e quer pagar mandando jogos no estádio

Dívida com o estádio é mais uma "herança" deixada pelo ex-presidente Odílio Rodrigues  - Rubens Cavallari/Folhapress
Dívida com o estádio é mais uma "herança" deixada pelo ex-presidente Odílio Rodrigues Imagem: Rubens Cavallari/Folhapress

Samir Carvalho

Do UOL, em Santos (SP)

29/08/2015 06h00

O déficit do Santos deixado pelo antigo presidente, Odílio Rodrigues, não tem fim. Além de atletas, fornecedores, contas de água e luz e até floricultura, o ex-mandatário deixou uma dívida do clube paulista com os administradores do Pacaembu.

O valor é referente a taxas cobradas pelo aluguel do estádio. O Santos alega que não mandou jogos recentemente no Pacaembu por causa da dívida e, sim, por conta da Polícia Militar, que proibiu por questão de seguranças, já que outros clubes paulistas atuaram no mesmo dia na Capital.

Em contato com dirigentes santistas, o UOL Esporte apurou que o alvinegro praiano pretende mandar três jogos no estádio para quitar a dívida.

Isso porque os administradores do estádio ficarão com parte da renda para descontar uma porcentagem da dívida em cada jogo que o clube mandar no local.

O valor não pôde ser descontado no primeiro semestre, durante a disputa do Campeonato Paulista, pois o Santos teve renda negativa no Pacaembu.

A diretoria do Santos havia escolhido o Pacaembu para mandar o primeiro jogo das oitavas de final da Copa do Brasil, diante do Corinthians. O presidente Modesto Roma encaminhou um oficio a Confederação Brasileira de Futebol para fazer o pedido, mas a PM vetou, alegando que os rivais São Paulo e Palmeiras também mandariam seus jogos de ida da competição na Capital.

Além do clássico, a Polícia Militar "vetou" mais dois jogos do Santos no Pacaembu – os duelos contra Joinville e Vasco, válidos pelo Campeonato Brasileiro. O motivo é a falta de contingentes para realizar dois jogos de "clubes grandes" de São Paulo no mesmo dia na capital paulista.