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CPI do Futebol aprova pedido para analisar patrocínios da FPF

Atual presidente da CBF, Marco Polo Del Nero já presidiu a Federação Paulista de Futebol - Ed Ferreira/Folhapress
Atual presidente da CBF, Marco Polo Del Nero já presidiu a Federação Paulista de Futebol Imagem: Ed Ferreira/Folhapress

Daniel Brito

Do UOL, em Brasília

01/09/2015 15h42

A CPI do Futebol no Senado ficou próxima de ser cancelada por falta de quórum, mas com a presença de seis parlamentares e em dois minutos, conseguiu aprovar o pedido de cópia dos patrocínios da FPF (Federação Paulista de Futebol) desde 2005 a 2015. Foi aprovado, também, o requerimento que pede à Chevrolet do Brasil a cópia do contrato de patrocínio com a federação.

Neste período, a entidade foi presidida por Marco Polo Del Nero, atual mandatário da CBF, e um dos principais alvos da CPI do Futebol. Ele comandou a FPF de 2003 a 2015.

Por sugestão do relator Romero Jucá (PMDB-RR), não entrou em votação o pedido de convocação do empresário Wagner Abrahão, Ele é um dos amigos mais próximos de Ricardo Teixeira, ex-presidente da CBF. Ele é dono do Grupo Águia e dono da Pallas Turismo, empresa que cuida de toda a logística de viagens da seleção brasileira. A Receita Federal já procurou a empresa solicitando os contratos com a CBF.

O empresário também mantém vínculos próximos ao atual mandatário da confederação, Marco Polo Del Nero, cujo depoimento na CPI já está previsto para outubro.

“Vamos aguardar a chegada de todos os documentos para depois convocá-lo”, justificou Jucá. O pedido foi acatado pelos senadores.

Foram aprovados também os pedidos para que os ministérios públicos estaduais para enviar documentos e informações produzidas sobre as entidades que organizam o futebol em cada uma das 27 unidades da federação.

Apenas seis senadores compareceram à sessão: Zezé Perrela (PDT-MG), Donizete Nogueira (PT-TO), Omar Aziz (PSD-AM), Paulo Bauer (PSDB-SC), além de Romário (PSB-RJ) e Jucá.

A próxima reunião da CPI do Futebol será na quinta-feira, 3, com a presença do jornalista escocês Andrew Jennings, que publicou em dois livros o esquema que acarretou na prisão de sete dirigentes em maio, na Suíça, entre os quais o ex-presidente da CBF, José Maria Marin.