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Fluminense mantém sonho de ter filial nos EUA. E cogita plano B na Europa

Ídolo do Fluminense, Fred posa com familiares ao lado de Mickey e Minnie - Divulgação
Ídolo do Fluminense, Fred posa com familiares ao lado de Mickey e Minnie Imagem: Divulgação

Rodrigo Paradella

Do UOL, no Rio de Janeiro

03/09/2015 11h02

O Fluminense não desistiu do antigo e ambicioso plano de ter uma filial nos Estados Unidos, projeto travado recentemente após um investidor desistir do empreendimento quando o Tricolor já tinha até mesmo negociado sua inclusão numa liga menor do futebol local. Mesmo com a insistência na ideia original, o time das Laranjeiras tem como plano B a criação de uma equipe na Europa.

A intenção é ter um Fluminense “alternativo”, onde ficariam os jovens revelados pelas categorias de base do time e acabam não sendo utilizados imediatamente na equipe profissional. Além disso, o “novo” clube serviria como ponte para o relacionamento do Tricolor com investidores e times estrangeiros e local para que promessas ganhem rodagem antes dos primeiros passos nas Laranjeiras.

O projeto tem como um de seus entusiastas o gerente geral da base do Fluminense, Marcelo Teixeira, e o apoio do presidente Peter Siemsen. No ano passado, o Tricolor quase garantiu seu lugar na NASL [North American Soccer League], mesma liga do Fort Lauderdale Strikers, de Ronaldo e Léo Moura. Alternativa mais barata em relação à MLS [Major League Soccer], a competição é vista como ideal por ter foco em jogadores mais jovens.

“Não acabou [o plano], de forma alguma. É o grande sonho da minha vida. Mas, para os Estados Unidos, a grande dificuldade é que precisaríamos de um investidor. Chegamos a estar próximos de um investidor, que depois acabou não indo a diante. E agora temos a dificuldade que o mercado de lá se tornou um pouco mais caro. Para entrarmos, o investimento ficou um pouco maior”, explicou Teixeira ao UOL Esporte.

Se os Estados Unidos se tornou pouco viável pelas condições financeiras necessárias, a Europa pode ser uma saída para o Tricolor. Nessa hipótese, o Fluminense fecharia uma parceria ampla com uma equipe modesta e daria rodagem aos seus jogadores no exterior, além de aproximá-los de mercados interessados nos atletas brasileiros.

“Vamos buscando na Europa [uma opção], trabalhando para termos uma associação forte, com um clube menorzinho, onde possamos expor nossos jogadores, dar continuidade na carreira dos nossos atletas quando estourarem a idade. Ou para eles ganharem rodagem mesmo. Essa cultura que no passado eu queria que o Fluminense tivesse, hoje já tem. Tivemos o Wellington Nem, que foi meio sem querer, mas agora fizemos de forma planejada com o Gustavo Scarpa, com o Biro Biro, com o Denilson. O artilheiro da NASL é o Stéfano [do Fort Lauderdale Strikers], nosso jogador, está no nosso plano de carreira”, exemplificou o dirigente tricolor.

Enquanto o plano não sai do papel, o Fluminense opta por empréstimos para outros clubes para expor e dar rodagem aos seus atletas que não são aproveitados no time profissional. Hoje, jogadores como Igor Julião, Samuel e Biro Biro ganham experiência fora do Rio enquanto aguardam suas oportunidades nas Laranjeiras.

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