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L. Gustavo rebate ataque à seleção: "Acham que podem falar tudo após 7 a 1"

Luiz Gustavo parece não acreditar em derrota para Alemanha, em 2014 - AFP PHOTO / GABRIEL BOUYS
Luiz Gustavo parece não acreditar em derrota para Alemanha, em 2014 Imagem: AFP PHOTO / GABRIEL BOUYS

Danilo Lavieri

Do UOL, em Nova Jersey (EUA)

03/09/2015 07h01

A maioria dos jogadores prefere não falar ou minimiza os efeitos da vexatória goleada sofrida pelo Brasil na semifinal da Copa do Mundo de 2014 diante da Alemanha, no trágico 7 a 1. Luiz Gustavo, no entanto, mostrou certa insatisfação com os desdobramentos da partida até os dias de hoje.

Em entrevista em Nova Jersey, na concentração da seleção brasileira para os amistosos contra a Costa Rica e os Estados Unidos, o atleta afirmou que a partida tem feito pessoas falarem muito mais do que devem e sem nenhuma convicção.

Para o jogador, que esteve na Copa do Mundo e foi cortado da Copa América por causa de lesão,  o resultado não deve ser justificativa para todos os problemas do futebol no país.

“O que eu acho é que quando as pessoas fazem críticas construtivas, eu tenho a humildade de pegar, assumir, digerir e evoluir. Mas infelizmente não é assim. Muitas vezes, no meu caso e também em outros, as pessoas falam sem razão, sem convicção. É melhor não falar nada do que falar qualquer coisa só para as pessoas lerem. Se não tiver base, melhor não falar. Mas eu tento ficar tranquilo quanto a isso”, afirmou o jogador.

“Eu acho que as pessoas falam só o que estão vendo. Depois do resultado (7 a 1), elas acham que podem falar tudo ou quase tudo. E não é assim. Temos de entender e respeitar, mas não dá para aceitar 100% o que estão dizendo. É questão de opinião, de entendimento de cada um”, completou.

O atleta, que vai disputar sua primeira Eliminatórias da carreira e tem treinado como titular ao lado de Fernandinho para formar o meio de campo da seleção, disse que espera bastante dificuldade ao enfrentar os sul-americanos por uma vaga na Copa do Mundo da Rússia.

Por isso, ele sabe que só um bom desempenho fará torcedores e jornalistas mudarem de opinião.

“Todo mundo vai querer ganhar da gente. Nunca foi fácil e não vai ser. Temos de estar preparados para a pior situação.  Não vai ser diferente da dificuldade que sempre foi de jogar uma Eliminatória”, finalizou.

Além de enfrentar a Costa Rica, no dia 5, e os Estados Unidos, no dia 8, o Brasil se prepara para enfrentar o Chile e a Venezuela, na segunda semana de setembro.