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"A pressão agora é muito maior", compara Dunga em primeiro ano da 2ª era

Técnico Dunga concede entrevista coletiva - Danilo Lavieri / UOL
Técnico Dunga concede entrevista coletiva Imagem: Danilo Lavieri / UOL

Danilo Lavieri

Do UOL, em Nova Jersey (EUA)

05/09/2015 10h02

Dunga tem recordes de aproveitamento. Nos últimos 25 anos, nenhum outro treinador teve índices melhores do que ele acumula neste primeiro ano à frente da seleção brasileira: 88%.

Apesar disso, o comandante vem de uma eliminação na Copa América e ainda herda a pressão da vexatória goleada sofrida por 7 a 1 para a Alemanha, na semifinal da Copa do Mundo. É por isso que ele afirma que a pressão é muito maior agora do que era em seu primeiro ano como comandante da seleção nacional.

O comandante afirmou que, qualquer derrota, faz com que o mundo desabe sob a sua cabeça e em cima de seus comandados. É nesse contexto que o time se prepara para enfrentar a Costa Rica, às 17h deste sábado (5), em Nova Jersey.

"Nessa segunda passagem tem mais pressão por tudo o que passou recentemente, apesar de o Brasil ter chegado entre os 4 da Copa do Mundo. Tem uma pressão grande, uma ansiedade de todos. Sabíamos desde o início que precisaríamos começar bem, com vitórias, ganhando, dando oportunidade a outros jogadores. Tanto é verdade que a pressão é grande que perdemos uma partida e já se tem grandes polêmicas, parece que não ganhamos nada até agora. Isso faz parte", analisou Dunga.

"Precisamos trabalhar com isso, principalmente temos de trabalhar com um aspecto da Alemanha, coisa que não vai ser esquecida nunca mais. Basta um resultado negativo, que não seja satisfatório, que vão lembrar de tudo. Temos de trabalhar com isso", completou.

Dunga tem 88% de aproveitamento nos 14 jogos que fez até agora. Na sua primeira passagem, ele terminou o ciclo após a Copa do Mundo de 2010 com 76% de aproveitamento. No primeiro ano daquela vez, até agosto de 2007, ele somou 74%.

A diferença é que, naquela ocasião, ganhou tudo o que disputou e só foi cair na Copa. Antes, ficou em 1º na Copa das Confederações, na Copa América e nas Eliminatórias. Desta vez, vem da eliminação diante do Paraguai e da herança do 7 a 1 para a Alemanha.

"Todas as vezes que a gente perder, vão falar do 7 a 1. É uma cicatriz que ficou daquilo e, toda a derrota, vamos ter que trabalhar para fechar porque a ferida vai se abrir de novo", finalizou.