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Brasil vence Costa Rica e chama mais atenção com banco do que com jogo

Danilo Lavieri

Do UOL, em Nova Jersey (EUA)

05/09/2015 18h50

Sem brilho, sem Neymar de titular e com pouquíssimo público, o Brasil venceu a Costa Rica na tarde deste sábado (5) em Nova Jersey, nos Estados Unidos, por 1 a 0. Com gol solitário e possível falta de Hulk, a seleção de Dunga mostrou um futebol de controle de posse de bola e muitas jogadas pelas laterais de campo, mas que nao empolgou, assim como havia sido na Copa América. A arbitragem ainda anulou um gol legal para cada lado. O banco de reservas, que tinha o craque do Barcelona e também Kaká, foi mais olhado do que o próprio jogo.

O time repetiu o que treinou durante a semana, abrindo bastante o jogo. Não à toa, os dois destaques individuais brasileiros foram Marcelo e Douglas Costa. Mesmo no banco, Neymar foi o centro das atenções e teve seu nome muito gritado. Dentro de campo, no entanto, ele foi discreto e arrancou menos gritos do quando esteve fora, sentado no banco ou aquecendo ao lado de Kaká, que foi ovacionado quando entrou no lugar de Hulk. Lucas Lima, estreante da tarde, também foi bem e serviu como distribuidor de bolas do meio para as laterais. 

Na defesa, desfalcada por Filipe Luís e Daniel Alves e sem Thiago Silva, a equipe mostrou segurança e quase não foi incomodada. A melhor defesa de Grohe aconteceu quando o lance já estava invalidado por impedimento. A seleção agora embarca para Boston, onde enfrenta os Estados Unidos, no dia 8.

Fases do jogo: O Brasil iniciou a partida pressionando a Costa Rica, usando bastante as laterais do gramado, como treinado por Dunga durante toda a semana. Em uma jogada pela direita, aos 10 minutos, Hulk usou a força para tirar um zagueiro do lance e ficar cara a cara com o goleiro Acosta e abrir o placar. Houve reclamação por falta. Depois disso, o time pareceu se acalmar, o que irritou Dunga, que insitia em gritos pedindo pegada.

Com o placar nas mãos, o Brasil controlou o jogo e ficou apenas trocando bola do meio para as laterais. Era por ali que Douglas Costa, Marcelo e Willian criavam as principais chances. Foi assim também que Kaká deu belíssimo passe para Douglas finalizar e parar em boa defesa de Acosta. Ao mesmo tempo, Grohe quase não tocou na bola. Fernandinho, Luiz Gustavo e os zagueiros faziam boa proteção à meta brasileira. O juiz ainda anulou dois gols legais: um para cada lado.

Destaques: Só pensam nele - Com Neymar no banco, boa parte dos torcedores no estádio, especialmente os que estavam na zona VIP, só queriam saber dele. Os gritos chamando o atacante do Barcelona eram frequentes.  Para ajudar, Kaká, esteve ao seu lado o tempo inteiro. Aos 30 do segundo tempo, Neymar disparou da zona de aquecimento e empolgou o estádio. Alarme falso. Ele não entraria naquele momento.

Vazio! - A Red Bull Arena tinha a expectativa de receber pelo menos 20 mil pessoas. O estádio ficou bem vazio e nem mesmo o setor mais barato lotou. Pior ainda sem Neymar titular.

Respeita o chefe - Tão logo foi para a beira do campo, Neymar recebeu sinal de respeito não só do público, mas de Miranda. O zagueiro foi imediatamente para a beira do gramado passar a faixa de capitão para o camisa 10.

BRASIL 1 x 0 COSTA RICA

Data: 05/09/2015 (sábado)
Local: Arena Red Bull, em Nova Jersey (Estados Unidos)
Árbitro: Mathieu Boudreau (Canadá)
Auxiliares: Joe Fletcher (Canadá) e Corey Rockwell (EUA)
Público: 19.600 presentes
Cartão amarelos: Elias (BRA)
Gols: Hulk, aos 9 minutos do primeiro tempo

Brasil
Marcelo Grohe; Danilo, David Luiz, Miranda e Marcelo; Fernandinho (Elias), Luiz Gustavo (Rafinha) e Lucas Lima (Philippe Coutinho); Willian (Lucas Moura), Douglas Costa (Neymar) e Hulk (Kaká)
Técnico: Dunga

Costa Rica
Pemberton; Gamboa (David Mirye), Acosta, Giancarlo González e Óscar Duarte; Matarrita, Tejeda (Guzmán), Celso Borges e Bryan Ruiz (Daniel Colindres); Johan Venegas e Marco Ureña (Joel Campbell)
Técnico: Oscar Ramírez