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Para aliviar as contas, Lusa aluga ginásio por 10 anos para igreja Renascer

Ginásio da Portuguesa foi utilizado pelo PT para comício na campanha de 2014 - Ricardo Stuckert/Instituto Lula/Divulgação
Ginásio da Portuguesa foi utilizado pelo PT para comício na campanha de 2014 Imagem: Ricardo Stuckert/Instituto Lula/Divulgação

Vagner Magalhães

Do UOL, em São Paulo

10/09/2015 18h23

A Portuguesa fechou um contrato de aluguel do ginásio esportivo do clube pelo prazo de 10 anos com a igreja Renascer em Cristo, que passará a gerir o local durante o período. A igreja, inclusive rebatizou o local com o nome de Arena Renascer e pretende utilizar a área para a realização de cultos e eventos como festas e baladas gospel.

De acordo com o presidente da Lusa, Jorge Manuel Marques Gonçalves, o contrato alivia o pagamento das dívidas correntes do clube, mas está longe de ser uma solução para os problemas financeiros que a Portuguesa atravessa.
 
"É um contrato de dez anos, que garantirá uma renda mensal ao clube. Estamos estudando alguns projetos para uma nova utilização e modernização do Canindé e essa área poderá ser requisitada em um prazo menor, caso seja necessário. Está previsto no contrato e não envolve o pagamento de multas", explica.
 
A igreja pretende utilizar o espaço já no próximo domingo, dia 13, para a realização de seus cultos. O local não é uma novidade para a Igreja Renascer, que já utilizava esporadicamente as instalações do ginásio para a realização de cultos e eventos.
 
Atualmente, o ginásio da Portuguesa pode receber até 8 mil pessoas. São 5 mil lugares nas arquibancadas e três mil pessoas em pé, no piso das quadras. O local recebeu em 1998 a primeira edição do UFC no Brasil. Também foi alugado em diversas ocasiões pelo Partido dos Trabalhadores para a realização de comícios durante diversas campanhas eleitorais.
 
Em 2009, os fundadores da igreja, os bispos Estevam e Sonia Hernandes foram condenados a quatro anos de reclusão e multa por crimes de evasão de divisas. Em 2007 o casal embarcou para os EUA com US$ 56 mil não declarados. 
 
Detido nos EUA, o casal cumpriu 140 dias de reclusão no país, além de cinco meses de prisão domiciliar. Cada um teve de pagar uma multa de US$ 30 mil à Justiça americana.