Técnico se diz surpreso com prisão de atleta da Lusa, acusada de sequestro

A jogadora tem passagem por diversos clubes e atuou no Mundial de 2008, com a seleção brasileira sub-20. "Ela era uma jogadora de grupo e para nós foi uma surpresa a sua prisão. Nunca tive qualquer queixa em relação a ela", disse o treinador.

 

Palumbo disse que os salários no futebol feminino são baixos e que a grande maioria das jogadoras precisa de uma atividade paralela para complementar a renda. Ele disse que, inclusive, indicou Joyce para trabalhar em um posto de gasolina na região do Canindé como frentista.

 

"Ainda há pouco falei com o dono do posto e ele igualmente estava perplexo com a história". Atualmente, a Portuguesa disputa o Campeonato Brasileiro Feminino. O time, que estava no Grupo 2, foi eliminado nesta segunda-feira, com o empate de 1 a 1 entre Flamengo e Adeco, que se classificaram à próxima fase.

A Polícia Civil de São Paulo prendeu na noite desta terça-feira três suspeitos de participarem de uma quadrilha acusada de participar de sequestros-relâmpagos nos bairros de Higienópolis e Tatuapé, na capital paulista. Entre os detidos está a jogadora da Portuguesa, que tinha contrato com o clube até o fim do ano.

 

Joyce, acompanhada por um outro homem, foi detida no momento em que utilizava os cartões de uma vítima, em um supermercado da zona sul da capital paulista. Ambos não tinham passagens pela polícia.

 

Segundo a polícia, a dupla é suspeita de participar de pelo menos cinco sequestros-relâmpagos, inclusive na região do Grande ABC, na região metropolitana de São Paulo. A vítima foi abordada no Largo Santa Cecília por duas pessoas armadas. Ela foi mantida refém no próprio veículo e na Vila Mariana foram feitos saques em sua conta. Depois disso, ela foi liberada e os suspeitos foram até o supermercado, com os cartões roubados.

 

A terceira suspeita foi presa ao visitar Joyce na delegacia. De acordo com a polícia, ela estaria com um celular comprado com dinheiro de uma das vítimas da quadrilha. De acordo com a polícia, Joyce comandava a quadrilha. Seria ela quem abordava as vítimas e fazia os saques e as compras com os cartões.