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Clubes se animam e usam "Champions da América" para pressionar Conmebol

Campeão em 2012, Corinthians é um dos times que busca aumento na cota da Libertadores - Robson Ventura/Folhapress
Campeão em 2012, Corinthians é um dos times que busca aumento na cota da Libertadores Imagem: Robson Ventura/Folhapress

Pedro Ivo Almeida*

Do UOL, no Rio de Janeiro

26/09/2015 06h00

Ao menos cinco times brasileiros – e outros três sul-americanos – foram convidados por empresários para uma possível participação da Liga dos Campeões da América. Corinthians, Flamengo, Palmeiras, Atlético-MG e Cruzeiro receberam sondagens dos organizadores da competição que visa contar com clubes das Américas do Sul, Central e do Norte.

E mesmo diante de uma ideia ainda embrionária, os clubes brasileiros se animaram. Tudo por conta da proposta onde cada time participante receberia cerca de cinco milhões de dólares (aproximadamente R$ 20 milhões) somente pela participação.

Ainda que o dinheiro esteja longe de se tornar realidade – ideia dos organizadores é tirar o torneio do papel em 2017 –, tal valor já seria utilizado pelos times nos próximos meses. A ideia dos dirigentes brasileiros é usar os milhões da “Champions League” da América como carta na manga na hora de pressionar a Conmebol por valores maiores de premiação da Copa Libertadores da América.

Atualmente, o time campeão recebe cerca de 5 milhões de dólares – valor que significaria apenas a participação no torneio concorrente. Tal premiação é considerada baixa.

Ciente da pressão, a Conmebol se antecipou e prometeu aumentar as cifras da Libertadores nos próximos anos para evitar um movimento de cobrança ainda maior.

"O presidente [Juan Ángel] Napout adianta que existe o firme propósito de aumentar os prêmios para as equipes participantes. Para isso, há um tempo se realizam grandes negociações que permitam a instituição gerar mais receita para as associações e os clubes", afirmou a entidade em comunicado oficial.

Ressalvas
Mesmo animados com a possível verba da nova competição, os times brasileiros analisam com ressalvas o convite para o novo torneio. Os cinco se preocupam como a Liga dos Campeões do continente se encaixaria no calendário, tendo como principais entraves as possíveis logísticas de viagens para as Américas do Norte e Central.

*Colaboraram Dassler Marques, Victor Martins e Vinicius Castro