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"Mais um gol da Alemanha", diz Milton Mendes sobre demissão do Atlético-PR

Do UOL, em São Paulo

28/09/2015 14h17

Mais um gol da Alemanha. Assim Milton Mendes classificou não só a sua demissão do Atlético-PR, ocorrida na manhã desta segunda-feira, mas a de todos os treinadores do Brasil. O técnico teve a sua saída confirmada um dia depois da derrota de 2 a 1 para a Ponte Preta, na Arena da Baixada. Foi o quarto revés consecutivo do time rubro-negro no Campeonato Brasileiro.

“Cada treinador que é demitido no Brasil é mais um gol para a Alemanha”, disse Milton Mendes, que apesar de ter dito compreender a decisão da diretoria, não escondeu o sentimento de tristeza por não poder dar sequência ao ‘projeto’, iniciado no mês de abril.

“De minha parte, sempre estive preparado para me manter no projeto do clube. Sou um treinador de projetos. E um projeto, quando é forte e duradouro, tem pontos positivos e negativos. Estamos voltando à estaca zero”, disse o técnico ao canal Sportv, referindo-se a enorme frequência com que técnicos são demitidos no Brasil – ele foi o 24º na Série A.

Milton Mendes ainda aproveitou para recordar que recebeu propostas ao longo do Campeonato Brasileiro, mas optou por dar prioridade ao projeto no Atlético-PR.

“Tive alguns convites ao longo da campanha no Brasileiro e não saí, justamente pensando no projeto. Os jogadores tentaram, nossa equipe é uma das que mais constrói jogadas, mas não finaliza. Quando a bola não entra, não adianta. Sobrou para mim”, acrescentou.

Por fim, Milton Mendes fez uma análise positiva de seu trabalho no Atlético-PR. Ele sai com um aproveitamento de 51,9%, sendo 16 vitórias, cinco empates e 13 derrotas. Fora isso, o time ocupa a 11ª posição no Brasileiro e está perto das quartas de final da Sul-Americana.

“A equipe fica com 38 pontos na Série A e praticamente nas quartas de final da Sul-Americana. Saio com o sentimento e o coração tranquilos. A direção entende que o elenco precisava dessa mexida. Do ponto de vista deles, eles têm alguma razão. Mas tem coisas que a gente concorda e outras não”, completou o treinador.