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Cartola do Rio chama clubes da Sul-Minas de "separatistas" e "elitistas"

Marcelo de Jesus/UOL
Imagem: Marcelo de Jesus/UOL

Daniel Brito

Colaboração para o UOL, em Brasília

29/09/2015 19h49

O presidente da FERJ (Federação de Futebol do Estado do Rio), Rubens Lopes chamou de “elitistas” e “separatistas” os clubes filiados à sua entidade que pretendem compor a Liga Sul-Minas, já criada e com presidente escolhido. Durante seu depoimento à CPI do Futebol, no Senado, na tarde desta terça-feira, 29, o cartola do Rio não poupou críticas a Flamengo e Fluminense, que não querem disputar o Estadual-2016.

“Trata-se de um movimento separatista, um movimento de rebeldia, elitista, extremamente prejudicial ao futebol como um todo. Por quê? Porque vai confrontar com um calendário em que já há uma atividade e que contempla clubes de menor investimento, impedindo ou prejudicando uma atividade de clubes que não têm marca suficiente para captar recursos como um clube de grande porte”, disse Lopes.

Em tom de provocação, ele disse que a Liga Sul-Minas com a presença dos clubes do Rio poderia ser feito em paralelo ao Campeonato Brasileiro. “Por que isso não é feito no segundo semestre? – eu pergunto. Vamos fazer competição no segundo semestre! Cadê a coragem para competir com a televisão, que detém os direitos de transmissão, para fazer uma competição paralela ao Brasileiro? Faz no segundo semestre. Bota lá Sul-Minas, Rio, Espírito Santo, qualquer que seja, de agosto para frente”, ironizou.

O presidente da FMF (Federação Mineira de Futebol), Castellar Guimarães Neto, que também participou da audiência pública desta terça-feira, 29, na CPI do Futebol, também mostrou-se contrário à Liga e deu o exemplo da fase final do Campeonato Mineiro-2015. “Nós tivemos muita dificuldade de cumprir o nosso calendário sem que Cruzeiro e Atlético se vissem prejudicadas na Copa Libertadores da América. Então, eu temo que, com a criação de um novo campeonato, através dessa liga, que, sinceramente, não conheço o formato, nós tenhamos ainda mais problemas em relação a calendário”, apontou.