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Cúpula da CBF vai à CPI do Futebol e Romário provoca: "Que venha Del Nero"

Pedro Ladeira/Folhapress
Imagem: Pedro Ladeira/Folhapress

Daniel Brito

Do UOL, em Brasília

29/09/2015 17h48

Parte da cúpula da mesa diretora da CBF foi à sessão da CPI do Futebol no Senado acompanhar a audiência pública com o presidente da FERJ (Federação de Futebol do Estado do Rio), Rubens Lopes, e FMF (Federação Mineira de Futebol), Castelar Guimarães Netom na tarde desta terça-feira, 29.

Na primeira fileira do plenário estava o deputado federal pelo PP do Espírito Santo, Marcus Vicente, um dos quatro vice-presidentes da CBF e está em seu quarto mandato em Brasília. Mais ao fundo, discretamente, Marcelo Aro, diretor de “ética e transparência” da confederação. Eles se juntaram diretor de assuntos legislativos, Vandenbergue Machado, habitué da CPI do Futebol.

O curioso é que em boa parte do tempo, houve a mesma quantidade de deputados e senadores na sessão, embora a comissão seja exclusivamente do Senado. Os parlamentares da Casa chegaram em momentos diferentes e com atraso, diferentemente dos representantes da CBF.

“Espero que venham todos, inclusive o próprio presidente Marco Polo Del Nero. Porque se ele sair do Rio de Janeiro ou de São Paulo ele não vai estar deixando o Brasil, ou seja, não será preso. Ele pode vir aqui a Brasília, ele será bem-vindo. E é bom que todos eles venham para saber o que realmente todos pensam do futebol brasileiro, especialmente da CBF”, disse Romário (PSB-RJ), presidente da CPI.

Em determinados momentos, era possível ver alguns membros dos três integrantes da CBF na plateia assentindo com a cabeça a cada resposta de Lopes e Guimarães Neto. Quando, por exemplo, o representante de Minas Gerais disse que não poderia informar o valor repassado pela confederação à FMF. Ou quando Lopes disse que não tem conhecimento de atos ilícitos cometidos pela direção da CBF.

O ex-jogador acredita que a confederação atua entre os parlamentares para barrar uma agenda que a desfavoreça. “Não sei qual é o tipo de poder, mas que existe uma pressão, vamos chamar de pressão, por parte de algumas pessoas da CBF aqui no Congresso Nacional sempre houve e, com certeza, nesta CPI não é diferente."