Sport dispara em sócios-torcedores. Crescimento só não supera de trio de SP

Nada como as vitórias e a boa fase dentro de campo. Assim, o Sport, especialmente na primeira metade do Campeonato Brasileiro, quando figurou por algumas rodadas dentro do G-4 e até na liderança, conseguiu chamar o torcedor para o seu lado. Não só para os estádios, mas especialmente para ‘dentro do clube’, com a associação de diversos sócios-torcedores.

De acordo com dados do Movimento Por um Futebol Melhor, o Sport está entre os clubes que mais ganharam sócios-torcedores neste ano: 26 mil no total, ficando atrás apenas do trio-de-ferro paulista, formado por Palmeiras (65 mil), Corinthians (61 mil) e São Paulo (39.700).

Hoje, o clube pernambucano figura no Top 10 do Torcedômetro, que contabiliza o número de associados dos clubes brasileiros. Com 41 mil sócios, o Sport aparece na décima colocação, à frente de três dos quatro grandes cariocas: Fluminense (11º, com 36 mil), Vasco (13º, com 17 mil) e Botafogo (14º, com 14 mil). A diferença para o nono colocado, o Atlético-MG, é de 3 mil.

O próprio clube não esconde que os resultados conquistados dentro das quatro linhas tiveram grande influência neste crescimento. Porém, Leonardo Estevam, CEO do Sport, destaca outros fatores que também ajudaram a impulsionar o aumento de sócios-torcedores.

“Claro que existe uma influência importante dos resultados do time, da performance dentro de campo... Não podemos abrir mão dessa análise. Mas algumas coisas internas nos ajudaram bastante também. Com a ajuda de empresas a gente conseguiu sistematizar a associação no clube. O Futebol Card é uma dessas empresas, e ajudou demais nesse processo com benefícios como a compra online, que dá uma acessibilidade mais forte e rápida ao estádio”, afirmou Leonardo em entrevista exclusiva ao UOL Esporte.

“Também tivemos como ponto de alavancagem a estratégia de preço do nosso ticket. Conseguimos dar ao sócio a oportunidade de entrar nos estádios, tanto na Ilha do Retiro como na Arena Pernambuco, com o preço menor. Não sendo sócio você paga 70 reais. Se for sócio, paga 20 reais. Você pode ir três vezes ao estádio que ainda não alcançou o preço do não sócio. Essa diferença com certeza faz com que o torcedor se mobilize”, acrescenta.

Além de promoções, Leonardo Estevam destaca também a oportunidade de o sócio-torcedor ficar mais perto do time. “Estendemos a participação do torcedor a outras questões, como, por exemplo, nas apresentações do Brocador e do Falcão, quando sócios tiveram a oportunidade de acompanhar a entrevista coletiva”, relembra o CEO do Sport.

O Sport agora parte para a segunda parte da estratégia, que segundo Leonardo consiste em colocar o clube rubro-negro na vida do torcedor. “Vamos começar a transferir aos sócios vantagens exclusivas à vida dele. Por exemplo, ele poderá comprar produtos mais baratos na padaria, ou no supermercado. Uma espécie de clube de vantagens”, conta.

A meta, segundo Leonardo Estevam, é chegar a 50 mil sócios-torcedores até o fim do ano, e alcançar a marca de 100 mil em 2016. Muita coisa? “Nunca duvidem do Sport”, reforça Leonardo Estevam.

Internet em alta

Outro número considerável diz respeito ao recorde de venda de ingressos pela internet, quebrado na quarta-feira retrasada, dia em que empatou em 1 a 1 contra o Huracán-ARG, pela Copa Sul-Americana, na Ilha do Retiro. 19,6% dos ingressos comprados foram feitos via web, de acordo com números da FutebolCard, empresa responsável por fazer essa comercialização.

A marca alcançada significa um avanço perto da média de 8% de venda em 2015, ainda mais levando em conta que a compra via cartão de débito e crédito é algo ainda pouco comum na região Norte e Nordeste se comparado ao futebol paulista, por exemplo. No Palmeiras, por exemplo, a média de ingressos vendidos pela internet é de 72%, marca parecida com o Corinthians.