Topo

Adidas pede mudanças na Fifa, mas destoa e não exige saída de Blatter

Parceira da Fifa, Adidas pede reforma e não exige saída de Blatter do comando - Rodrigo Mattos/UOL
Parceira da Fifa, Adidas pede reforma e não exige saída de Blatter do comando Imagem: Rodrigo Mattos/UOL

Do UOL, no Rio de Janeiro

03/10/2015 07h30

A Adidas, um dos patrocinadores mais poderosos da Fifa, divulgou sua posição quanto aos escândalos de corrupção que sacodem a entidade. A empresa alemã de material esportivo pediu que sejam realizadas medidas para reformar a Fifa, mas não exige a saída do presidente Joseph Blatter.

Em comunicado, a Adidas ressalta a necessidade de "mudanças profundas". A empresa, no entanto, não cita caminhos a serem seguidos pela Fifa. "Como afirmamos no passado, devem ser feitas mudanças profundas na Fifa, a favor do futebol. O processo de reforma iniciado deve continuar de forma rápida e transparente", afirmou Oliver Brueggen, um porta-voz da Adidas, à agência noticiosa alemã DPA.

Os alemães, com isso, não seguem a estratégia de outros patrocinadores fortes da entidade máxima do futebol mundial. Quatro patrocinadores norte-americanos da Fifa - Coca-Cola, McDonald's, Visa e Budweiser - pediram, em comunicados separados, a saída de Blatter da liderança do organismo.

O dirigente suíço reagiu rapidamente, através de comunicado. Blatter reitera que ficará à frente da Fifa.

Em meio a denúncias, a entidade propôs a criação de um grupo de trabalho de dez pessoas, dirigido por uma pessoa alheia ao mundo do futebol, porém ninguém foi nomeado. Os outros membros seriam eleitos pelas federações regionais.

A Fifa vive crise desde que casos de corrupção, a dois dias da reeleição de Blatter, em maio, começaram a ser divulgados pela justiça dos Estados Unidos. O trabalho do FBI determinou a prisão de dirigentes e ex-dirigentes, entre eles o brasileiro José Maria Marin.

No início de junho, Blatter, de 79 anos, apresentou a demissão, abrindo o caminho para novas eleições, marcadas para 26 de fevereiro de 2016, mas manteve-se no cargo até que seja realizado o ato eleitoral.