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Filha reforça intenção de Blatter de deixar Fifa em 2016: "ele quer sair"

Do UOL, no Rio de Janeiro

04/10/2015 09h37

Personagem central dos escândalos que sacodem a Fifa desde maio, Joseph Blatter foi defendido pela sua filha em entrevista à imprensa suíça neste domingo. Corinne Blatter-Andenmatten explicou que o presidente da entidade que comanda o futebol mundial irá deixar o cargo em 2016.

Ao jornal Blick am Sonntag, Corinne afirmou que "não há chance" de Blatter continuar na Fifa após as eleições do organismo, marcadas para 26 de fevereiro de 2016. No início de junho, o dirigente de 79 anos apresentou demissão, mas manteve-se no cargo até que seja realizado o ato eleitoral.

"Eu sei que ele quer sair. Ele fará isso", confirmou a filha de Blatter. Klaus Stoehlker, ex-assessora de imprensa do cartola, disse na última semana que ele não descartava tentar uma manobra para permanecer no cargo.

Essa possibilidade não é levada em consideração por Corinne. Ela lembra que o pai só ficou na Fifa diante do escândalo porque as federações o legitimaram a tal.

"Ele nunca fugiu quando tudo ficou difícil", ressaltou. Ela se negou a comentar sobre a possibilidade de o pai parar na prisão por causa dos escândalos de corrupção. "Não quero nem pensar nisso. É inconcebível para mim que ele tenha que ir para a cadeia".

Blatter é pressionado por patrocinadores para que saia da Fifa para que a entidade possa dar início a uma reformulação. Os problemas enfrentados pelo presidente o pegaram de surpresa, segundo Corinne. "Ele disse apenas isso para mim: 'Acho que estou sonhando'", lembrou.

No último dia 25 de setembro, as autoridades da Suíça anunciaram o início de uma investigação contra a gestão de Blatter à frente da Fifa. Uma semana antes, o secretário-geral da entidade, Jerome Valcke, havia anunciado sua renúncia.

Após o escândalo que implicou a prisão sete dirigente da Fifa e que fez o dirigente suíço desistir do novo mandato dias após ser reeleito, Blatter disse que ficaria como presidente até fevereiro de 2016, para ajudar na transição de poder para o vencedor do pleito.