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Palmeiras repetiu mesmos erros em clássico e contra Inter. Pode custar caro

Do UOL, em São Paulo

04/10/2015 06h00

Os dois últimos resultados do Palmeiras podem ser considerados positivos: empate contra o São Paulo, no Morumbi, e vitória sobre o Inter no Allianz Parque. Em ambos os jogos, porém, foram muitos sustos: no clássico, domínio adversário, com um gol salvador no final; contra os gaúchos, o alviverde cedeu o empate depois de abrir 2 a 0 e quase deixou a classificação escapar - mais uma vez, veio um gol salvador.

Por trás desses sustos, estão erros - os mesmos, repetidos nas duas partidas. Classificado para as semifinais da Copa do Brasil, o time comandado por Marcelo Oliveira escapou duas vezes, mas pode acabar pagando o preço por eles.

1) Falta de qualidade nos passes

O Palmeiras é um time joga bem sem a posse de bola. Transições rápidas com os laterais e jogadores rápidos como Dudu e Gabriel Jesus são os alicerces do time. Isso, porém, requer eficiência nos passes, algo que faltou nos dois jogos. Contra o São Paulo, o alviverde errou 41 passes - 15% do total tentado - contra 21 do rival - apenas 7% do total (números do Footstats). Contra Inter, foram 22% dos passes errados, contra apenas 13% do adversário. Nos dois jogos, o Palmeiras trocou menos passes do que o outro time - para chegar ao gol tocando menos a bola, os comandados de Marcelo Oliveira precisam de mais precisão.

2) Problemas na ligação com o ataque

Além dos passes curtos, os lançamentos do Palmeiras também não estão encontrando seus alvos - os atacantes Barrios e Gabriel Jesus tiveram atuações apagadas nos dois jogos. Contra o São Paulo, o alviverde errou 22 lançamentos; contra o Internacional, foram 36 - em ambos os jogos, os erros foram maiores do que o adversário.

3) Má finalização

Os problemas na construção das jogadas afetam o ataque do Palmeiras - nas duas partidas, o time finalizou menos, e com menor precisão do que o rival. Contra o São Paulo, foram nove chutes, só dois no alvo - o rival acertou o gol de Fernando Prass quatro vezes, em doze finalizações. Contra o Internacional, o Palmeiras finalizou a gol cinco vezes (outras cinco erraram o alvo); o adversário, por sua vez, chutou 16 vezes, sendo nove delas no gol.

Solução

Os números mostram que, em ambos os casos, o resultado poderia ter sido pior para o Palmeiras. No clássico, um erro de Rogério Ceni e o golaço de Robinho evitaram o que seria a perda do lugar no G4. Contra o Inter, o herói foi Andrei Girotto.

Marcelo Oliveira reconhece os erros, e tem como uma de suas prioridades melhorar a posse de bola do alviverde. O comandante terá uma semana para trabalhar, já que sua equipe não tem partidas no meio da próxima semana. Antes disso, porém, viaja para Chapecó, onde enfrenta a Chapecoense neste domingo.