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Ricardo Oliveira avisa "europeus" sobre Eliminatórias: "Pegada é diferente"

Adriano Vizoni/Folhapress
Imagem: Adriano Vizoni/Folhapress

Danilo Lavieri

Do UOL, em Santiago (Chile)

06/10/2015 16h35

Os jogadores que estão acostumados com vestiários de primeiro mundo, com o hino da Liga dos Campeões ao entrar nos gramados sem buracos, torcedores educados e que evitam até falar palavrão precisarão mudar de cabeça.

O aviso foi do experiente Ricardo Oliveira, convocado de última hora por Dunga para o lugar de Firmino, cortado da seleção brasileira por causa de lesão para o início da disputa por uma vaga na Copa do Mundo da Rússia, em 2018. O primeiro adversário é o Chile, em Santiago. Mais cedo, na chegada ao Chile, até David Luiz já havia relatado sobre as dificuldades de jogos como esse e ressaltou que não se pode perder a cabeça.

O artilheiro do Brasileirão analisa que seus companheiros de grupo já sabem da dificuldade, mas lembra da competição que disputou em 2005 para relatar as dificuldades. 

"Eu acho que esse tipo de competição é completamente diferente. Eu lembro que eu disputei as Eliminatórias em 2005 e era completamente diferente de quando vem da Europa. Todos nós sabemos. Ninguém vai ser pego de surpresa com campo, ambiente, atmosfera. A pegada é diferente. O jogador está ciente, todos sabem que se haverá disputa, vai ter disputa, todos vão se doar. Não vai ser algo que vai surpreender ninguém do elenco", afirmou o santista.

"A Eliminatória é muito diferente. Inicia-se aqui a trajetória muito vencedora e campeã dentro de uma mentalidade que precisamos ter a partir de agora", completou.

Ricardo Oliveira admite que parte atrás de seus companheiros por uma vaga no time titular, mas ressaltou que está preparado caso precise atuar ao lado de nomes como Douglas Costa, último atleta a se apresentar. "Eu estou pronto, não vim aqui para ficar esperando. Já frequentei a casa, já trabalhei com Dunga e a comissão já me conhece". 

O atacante vive situação semelhante a de Fernandinho, outro jogador que briga por uma vaga no tim de Dungae. O volante, no entanto, está em situação de igualdade na competição com Elias, do Corinthians.

O atleta do Manchester City esbanja conhecimento tático e analisa o Chile como uma equipe de coletivo forte que ressalta as individualidades.

"Os pontos fortes do Chile a gente sabe: eles têm um goleiro muito bom, posso destacar a saída de bola que ele conseue jogar bem com os pés, isso dificulta para quem está marcando. Os zagueiros são rápidos, pressionam na linha de meio de campo e deixam o espaço. E o meio de campo procura pressionar a todo o tempo. Me lembro na Copa, no amistoso, tivemos poucos espaços para trabalhar a bola.  E o ataque que o Alexis pode fazer a diferença", finalizou.

TREINO NÃO DEIXA NENHUMA PISTA DE EQUIPE TITULAR

Nesta terça-feira, no penúltimo treino antes da estreia nas Eliminatórias, Dunga não mostrou nada para a imprensa, tampouco para os cerca de 30 torcedores que puderam entrar no Estádio da Universidad Católica. Quando os jornalistas puderam entrar nas arquibancadas, Kaká, Hulk, Lucas, Marquinhos, Luiz Gustavo e Fernandinho chutavam a gol nos goleiros.

O restante do elenco já fazia abdominais e conversava com os membros da comissão técnica. O treinador não dá pistas de qual será a equipe titular a partir das 20h30 desta quinta-feira (8).