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Ex-melhor defesa do BR desabou e tirou Palmeiras do G-4. Por quê?

Gabriel, volante do Palmeiras, faz musculação - Cesar Greco/Ag. Palmeiras/Divulgação
Gabriel, volante do Palmeiras, faz musculação Imagem: Cesar Greco/Ag. Palmeiras/Divulgação

Do UOL, em São Paulo

07/10/2015 06h00

O Palmeiras sofreu um revés surpreendente no final de semana ao ser goleado por 5 a 1 pela Chapecoense. O placar tirou o time do G-4, e, mais do que isso, consolidou a decadência de uma defesa que já foi a melhor da competição. Com 36 gols sofridos, a zaga alviverde é hoje apenas a 13ª do campeonato. O que aconteceu?

Até a 13ª rodada, a defesa palmeirense era a melhor do Brasileiro, com apenas oito gols sofridos; entre a 13ª e a 16ª se manteve entre as três melhores do campeonato. Dali em diante, veio a derrocada, que tem alguns dos motivos claros.

1) A lesão de Gabriel

A derrocada da zaga alviverde começou quando o volante Gabriel se lesionou, na 16ª rodada, diante do Atlético-PR. Ali, Marcelo Oliveira perdeu seu líder em desarmes, um dos responsáveis pela manutenção da posse de bola e seu motor do meio de campo. O treinador também não tinha um substituto definido: Andrei Girotto e Amaral tinham jogado muito pouco na temporada. Sem o "cão de guarda", os zagueiros começaram a pagar o preço: a média de gols sofridos dobrou, e o aproveitamento caiu.

2) O troca-troca da zaga

A queda da defesa também coincidiu com o começo das trocas no setor. Leandro Almeida foi contratado, e encontrou um lugar na dupla até então composta por Victor Ramos e Vitor Hugo. O reforço não se firmou, e deu lugar a Jackson, que alternou partidas boas com momentos de irregularidade. Até os próprios jogadores admitiram que o constante rodízio tinha impacto negativo na performance defensiva.

3) O futebol mais ofensivo

O Palmeiras de Marcelo Oliveira ficou mais ofensivo: é um time que joga sem a posse de bola, mas procura finalizar muito ao gol adversário. Os laterais, Lucas e Egídio (ou Zé Roberto) são ofensivos. Além disso, Rafael Marques, um jogador aplicado taticamente, aos poucos perdeu a posição para Gabriel Jesus, mais driblador e ofensivo. Não à toa, o alviverde tem hoje um dos melhores ataques do Brasileiro, com 50 gols - a defesa, inevitavelmente, paga o preço.

Apesar do tropeço, o Palmeiras mantém vivas as chances de uma vaga no G-4 -está a apenas um ponto do Santos, o quarto colocado. Além disso, está nas semifinais da Copa do Brasil, e enfrentará o Fluminense.