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Flu perdeu quase dois mil sócios após saída de R10. E quadro pode piorar

Bernardo Gentile

Do UOL, no Rio de Janeiro

08/10/2015 06h00

A contratação de Ronaldinho Gaúcho não alcançou as expectativas dos torcedores. Foram apenas nove jogos pelo clube sem balançar as redes ou dar qualquer assistência. A passagem do craque, no entanto, foi suficiente para bombar o programa de sócio-torcedor. O problema é que com a saída do camisa 10, cerca de dois mil sócios seguiram o mesmo caminho e encerraram o ciclo nas Laranjeiras.

Apesar de frustrante, o Fluminense segue no lucro. Antes de Ronaldinho ser contratado, o clube contava com 25.020 e pulou para 36.406 após a chegada do craque – um acréscimo de 11.386 tricolores até o dia 28 de setembro, data que o jogador e a diretoria chegaram a um acordo para encerrar a passagem do apoiador pelas Laranjeiras.

Desde então o Fluminense parou de subir no ranking. Pelo contrário. Caiu em declínio. Até a última quarta-feira, 1.993 torcedores abandonaram o programa de sócios, segundo o site “Por um futebol melhor”.

O Fluminense explicou a situação. De acordo com o clube, Ronaldinho gerou o impacto positivo, mas ainda não é possível afirmar que sua saída pesou para o programa, já que o torcedor só sai da base do clube após três meses de inadimplência.

“O que ocorreu foi uma coincidência de haver a queda neste momento. A performance dentro de campo interfere diretamente nos números. Provavelmente as saídas estão ligadas ao momento que o time passava”, explicou o diretor de marketing do Fluminense, Marcone Barbosa ao UOL Esporte.

Mais. Segundo o dirigente do Tricolor, a saída de Ronaldinho Gaúcho poderá afetar ainda mais o programa. Marcone, porém, afirma que a situação do Fluminense dentro de campo poderá compensar a situação.

“O impacto do Ronaldinho poderá ser sentido nos próximos três meses caso algum torcedor tenha saído do programa por esse motivo. Por outro lado, penso que pode haver situação contrária, de crescimento. Caso o Fluminense chegue à final da Copa do Brasil, certamente o programa receberá um impacto positivo”, explicou Barbosa.

A meta da diretoria do Fluminense é fechar a temporada atual com 40 mil sócios-torcedores adimplentes. Para que isso ocorra, o marketing planeja explorar uma vertente que o clube tem deixado a desejar. Fazer comunicação direta com os torcedores mostrando os benefícios que cada um tem e que não vem sendo explorado, como, por exemplo, os descontos em produtos em supermercados.