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Dunga esteve por uma assinatura de assumir Venezuela, rival desta terça

Por pouco, Dunga não tratou Douglas Costa como adversário - Leo Correa/MowaPress
Por pouco, Dunga não tratou Douglas Costa como adversário Imagem: Leo Correa/MowaPress

Danilo Lavieri

Do UOL, em Fortaleza (CE)

13/10/2015 06h00

Por questão de uma semana, Dunga não aparece no Castelão, nesta terça-feira (13), no banco de visitantes. Dias antes de acertar com a seleção brasileira, o treinador havia apalavrado um contrato de cinco anos com a Venezuela, adversário desta noite pela 2ª rodada das Eliminatórias.

Toda a negociação foi intermediada por Francisco Novelletto, presidente da Federação Gaúcha de Futebol, diretamente com representantes da Venezuela. Depois de não ter tido sucesso à frente do Internacional, o comandante estava sem emprego e, em meio à reformulação das seleções após a Copa de 2014, viu como uma boa oportunidade assumir o desafio de levar a Vinotinto à Rússia em 2018.

Salário, tempo de contrato, condições de trabalho e metas estavam acertadas. Faltava uma assinatura para que o vínculo entre as partes se tornasse oficial. Na Venezuela, o treinador chegou a ser anunciado por jornais locais. 

Na semana em que havia se programado para ir à Venezuela para assinar o contrato, Dunga viu a CBF (Confederação Brasileira de Futebol) passar pela reformulação com Gilmar Rinaldi assumindo o comando de seleções. Seu nome, então, ganhou força.

No início de julho de 2014, então, o capitão do tetra parou de atender aos telefonemas de Novelletto. Na segunda quinzena do mês, participou de uma reunião com Rinaldi e acertou seu retorno à seleção, sendo apresentado no dia 22. Mais de um ano depois, em coletiva na última segunda-feira (12), ele comentou o que tem achado da evolução da seleção da Venezuela.

"A evolução da Venezuela não é de agora. É de 10 anos atrás. O futebol era amador lá e hoje não é mais. Hoje a Venezuela tem 10, 15 jogadores jogando na Inglaterra, Itália e em outros países. É um futebol em evolução". 

O acerto com o Brasil contrariou boa parte da torcida e da imprensa. A expectativa era de uma novidade após o vexatório 7 a 1 diante da Alemanha no Mineirão. A saída de Felipão havia sido o primeiro sinal de que uma reformulação aconteceria.

Tite era dado como nome certo. O treinador chegou a falar abertamente da possibilidade de assumir a seleção. Seu nome figurava em pesquisas importantes, como a do Datafolha, como o nome preferido para o posto.

O preferido da CBF, no entanto, foi Dunga, que acertou seu retorno à seleção após ter ido bem na primeira passagem. O técnico foi 1º colocado das Eliminatórias da Copa, campeão da Copa América e também da Copa das Confederações daquele ciclo. No Mundial de 2010, parou nas quartas de final diante da Holanda após erros individuais, especialmente de Felipe Melo e Júlio César.