Revelação do Santos perde dois aumentos salariais por rejeitar renovação

Apesar do otimismo do Santos crescer em relação a renovação do volante Thiago Maia, as negociações para estender o contrato do jogador continuam emperradas. O UOL Esporte apurou que a revelação santista, inclusive, já perdeu dois aumentos salariais por causa do imbróglio.

Thiago Maia tem o menor ordenado entre os titulares do Santos: recebe pouco mais de R$ 5 mil mensais. Em meio ao processo de renovação, a diretoria santista ofereceu dois reajustes e teve os dois negados pelo jogador – R$ 25 mil e R$ 60 mil.

A estratégia da cúpula alvinegra tinha apenas como intenção agradar ao jogador e evitar concorrências no início das negociações para renovação contratual.

Entretanto, a iniciativa não teve efeito. Thiago Maia foi aconselhado pelo seu agente, Juan Figer, a recusar as duas propostas. O empresário já tem outro plano para o jogador – negociá-lo com o Atlético de Madri, da Espanha.

Figer, inclusive, sugeriu ao Santos uma renovação de apenas seis meses, já que os espanhóis querem o jogador apenas para agosto de 2016, quando abre a janela de transferências do futebol europeu. O vínculo do atleta com o clube paulista termina em fevereiro do próximo ano.

A diretoria santista ficou revoltada com a proposta e cortou relações com Figer e seus aliados.

Após romper o diálogo com os empresários, a diretoria santista se reuniu com a mãe do jogador, Vanda, na última sexta-feira. O presidente Modesto Roma ficou otimista depois da reunião e, inclusive, acredita que a renovação do atleta deve ser assinada nesta semana.

"Estamos acertando a renovação. Difícil sempre é, mas nunca estive desanimado. O que vale é a vontade do atleta. Ele tem declarado que pretende ficar. Acredito que na próxima semana tudo esteja resolvido", afirmou Modesto Roma.

A empolgação do dirigente também coincide com a "guerra dos empresários" pelo volante Thiago Maia. O grupo de Juan Figer acusa Augusto Castro, agente do atacante Ricardo Oliveira, de aliciamento. Já o agente do camisa 9, que também é pastor, alega perseguição religiosa.