Topo

Oposição propõe fim de cargo não remunerado e voto a sócio-torcedor no Bota

Satiro Sodré/SS Press
Imagem: Satiro Sodré/SS Press

Do UOL, no Rio de Janeiro

15/10/2015 17h42

Cumprindo o compromisso assumido ao fim da eleição de colaborar com a discussão sobre reforma estatutária, o grupo político Grande Salto, que obteve 19,5% dos votos na última eleição do Botafogo, protocolou hoje na presidência do clube e na presidência do Conselho Deliberativo, oficio encaminhando anexo, contendo 14 propostas a serem consideradas quando da reforma do estatuto.

“Fizemos um trabalho democrático e de grande abrangência. No fim das contas, considerando os grupos executivos e os membros de nossa chapa, colaboraram com o trabalho mais de 160 sócios proprietários. Passou da hora de modernizar. Estamos dando nossa colaboração para mudar de verdade o nosso clube”, ressaltou Marcelo Guimarães, candidato à presidência na última eleição.

Os grupos executivos trabalharam cada uma das pautas principais em separado. Ao final elas foram revisadas e submetidas a todos os membros da Chapa, gerando um documento bastante democrático, objetivo e de fácil compreensão. A coordenação técnica ficou por conta do Sócio Antonio Carlos Junior e a Jurídica com Dr. Luiz Eduardo Lessa, que assina os documentos (em anexo).

“Que fique claro que não nos preocupamos em constituir juridicamente os verbetes. O que nos importou foi abordar os temas fundamentais para iniciarmos um processo de mudança no clube e estamos prontos para apoiar na formalização dessas mudanças”, finalizou Luiz Eduardo Lessa.

Veja as demais propostas:

1. Incluir no Objeto a autorização para o licenciamento da marca, que poderá servir como gerador de receitas (o estatuto atual é omisso ao tema);

2. Criar mecanismos virtuais que assegurem a possibilidade do voto à distância ou para portadores de necessidades especiais.

3. Incluir o direito de voto aos Sócios Torcedores de todas as modalidades. Estabelecer prazos mínimos de adimplência contínua, progressivo segundo o desembolso de cada plano. O plano superior terá a necessidade de um ano de adimplência, período que crescerá progressivamente, considerando a diminuição do valor mensal cobrado por cada plano;

4. Formalizar para os Sócios Proprietários o direito de acesso, sem custos adicionais, aos jogos do Botafogo;

5. Alterar os critérios de formação do Corpo Transitório. Propomos a seguinte mecânica: a chapa vencedora terá direito, automaticamente, a 50% das cadeiras. Os outros 50% das cadeiras, serão divididas, proporcionalmente, entre todas as chapas que participarem do pleito, obedecendo ao percentual de votos obtidos por cada uma. Neste caso, incluindo a vencedora, que somará ao resultante do seu percentual proporcional, os 50% conquistados automaticamente. Esta medida assegurará a participação de todas as chapas no Corpo Transitório, a despeito de continuar assegurando a maioria absoluta para a chapa vencedora.

6. Estabelecer critérios para punir, com a exclusão, membros faltosos do Corpo Transitório. A partir de determinada quantidade de faltas, o membro será substituído por outro pertencente à chapa imediatamente inferior em termos de quantidade de membros.

7. Assegurar maior publicidade aos atos do Conselho, ampliando a frequência e abrangência da divulgação, além de atualizá-los para os novos meios de comunicações existentes.

8. Extinção de todas as vice-presidências, a exceção da Vice-Presidência Geral, com a criação de um Conselho de Administração;

9. Inspirado no modelo corporativo tradicional, constar na reforma, que responderá a este Conselho, que deliberará as grandes metas e se reunirá periodicamente, executivos contratados no mercado, para todas as áreas afeitas à administração e gerência do clube.

10. Incluir a obrigatoriedade de práticas corporativas e instituir a responsabilidade solidária para os membros do Conselho de Administração;

11. Ampliar, para 45 dias, o prazo de transição do poder entre dois mandatos;

12. Ampliar o prazo de vigência do mandato para quatro (4) anos e proibir a reeleição do mesmo candidato (o grupo poderá indicar outro nome);

13. Criar e fazer cumprir um protocolo de tratamento da torcida (torcida em geral, não as organizadas), nosso bem maior, proibindo, de forma inegociável, quem quer que seja ligado ao clube, remunerado ou estatutário, de proferir menções negativas ao seu comportamento ou atitude.

14. Estabelecer que sejam contratados, obrigatoriamente, serviços de auditoria para avaliação dos controles e procedimentos internos, além do parecer das demonstrações financeiras. Os mesmos deverão ser apresentados/disponibilizados na página oficial do clube.