Empresa que leva 50% do Fiel Torcedor negou acordo com Corinthians em 2014
O presidente Roberto de Andrade quer renegociar o contrato entre o Corinthians e o Omni Group referente ao Fiel Torcedor, programa corintiano de associados. No último ano, entretanto, a gestão do antecessor Mário Gobbi não teve sucesso em tentativa semelhante.
Lideradas pelo então departamento de marketing do Corinthians, reuniões foram realizadas entre o clube e a empresa para rediscutir termos do contrato. No que realmente interessava aos corintianos, a Omni não cedeu.
Conforme mostrado pela Folha de S. Paulo, a empresa tem direito a aproximadamente metade da arrecadação bruta do Fiel Torcedor. Segundo o balancete divulgado pelo clube recentemente, o programa faturou R$ 13,05 milhões só nos primeiros oito meses do ano. A taxa cedida pelo Corinthians à Omni, 50% do montante, está acima do valor praticado no mercado.
Segundo apurou o UOL Esporte, a empresa alegou em reuniões com o Corinthians que não estava disposta a rever os termos acordados.
O contrato entre o clube e a Omni foi renovado durante a gestão Mário Gobbi de 2017 para 2019 como contrapartida ao apoio da empresa durante as operações da Copa do Mundo em Itaquera.
Na ocasião, a Omni realizou aporte para a aquisição de sistema de catracas eletrônicas exigidas pela Fifa para a realização de jogos da Copa em Itaquera. O aparato foi mantido na Arena Corinthians.
Alvo de frequentes protestos em reuniões do Conselho Deliberativo, como a que houve no Parque São Jorge em setembro, a relação entre Corinthians e Omni existe desde o fim dos anos 90.
A empresa iniciou suas atividades no clube com o controle de acesso ao clube social e ganhou espaço a partir da eleição de Andrés Sanchez para presidente. Em 2008, foi investidora do Fiel Torcedor: sem dinheiro em caixa para criar o programa, o Corinthians topou ceder uma porcentagem de lucro acima do praticado no mercado.
Nos últimos anos, a Omni assumiu contratos importantes como o estacionamento, credenciamentos e operações em dias de jogos da Arena Corinthians, além de tecnologia da informação do Corinthians.
A Omni também foi responsável pelo sistema de urnas eletrônicas nas eleições do Corinthians em fevereiro, o que causou protestos entre oposicionistas.
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