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Palavra de corintiano. Veja 10 promessas cumpridas por Roberto de Andrade

Roberto de Andrade entrega placa a Danilo: respeito no vestiário corintiano - Daniel Augusto Jr/Agência Corinthians
Roberto de Andrade entrega placa a Danilo: respeito no vestiário corintiano Imagem: Daniel Augusto Jr/Agência Corinthians

Dassler Marques

Do UOL, em São Paulo

28/10/2015 06h00

No futebol, normalmente, o que se promete hoje não pode ser prometido amanhã. Mas, no Corinthians que lidera o Campeonato Brasileiro, uma das explicações vem da relação de confiança entre elenco, comissão técnica e diretoria. Algo externado em diversas situações por Tite e seus jogadores e que explica uma campanha até aqui histórica mesmo com uma temporada quase inteira com direitos de imagem atrasados no grupo. 

Nos momentos de pressão, o presidente Roberto de Andrade conseguiu contornar situações difíceis, como a perda de cinco jogadores, justamente com o empenho da palavra. Os primeiros meses de administração, de um modo geral, são fiéis ao que se prometeu durante a campanha. A ponto de Roberto, um diretor de futebol que viabilizou contratações milionárias como Alexandre Pato, ter se tornado um presidente econômico em investimentos. As medidas fizeram desacelerar o crescimento da dívida do clube. 

"Acreditamos também na diretoria, acreditamos muito no Roberto (de Andrade), que é uma pessoa fantástica. Já conheço ele há muito tempo. Ele sentia até vergonha de falar com a gente por conta dos salários atrasados, a gente sentia isso. Ele fez de tudo, correr ao máximo para poder quitar e hoje grande parte já está quitada", declarou o meia Elias à Espn Brasil

Direitos de imagem em dia
O presidente herdou dívida de direitos de imagem deixados da administração de Mário Gobbi e foi publicamente elogiado por jogadores em razão da transparência e do diálogo com vestiário. O problema demorou aproximadamente oito meses a ser sanado, mas não afetou o desempenho dentro de campo. 

Fim das saídas de jogadores
Renato Augusto procurou Roberto depois da saída do quinto jogador corintiano após a eliminação da Libertadores. O meia queria saber se, além de Emerson, Guerrero, Matheus Cassini, Petros e Fábio Santos, mais alguém deixaria o grupo. O presidente assegurou que o grupo seria mantido para o Brasileirão. E assim foi.

Esforço por Guerrero, mas sem loucuras
Conforme havia prometido, o Corinthians se esforçou durante os primeiros meses de sua gestão para renovar com Paolo. As propostas subiram ao longo das negociações, mas Roberto honrou a palavra de que seria impossível pagar tudo aquilo exigido pelo estafe do peruano e anunciou, publicamente, as saídas dele e de Emerson Sheik.

Caixa lacrado
A promessa de não gastar para contratar jogadores surgiu no início da administração de Roberto de Andrade. Reforços chegariam apenas a custo zero, modalidade das operações com Rildo, Lucca e Lincom, as contratações do time no Brasileirão. Mesmo em momentos de pressão e cobranças, como na lesão de Luciano ou nas derrotas em sequência para Palmeiras e Grêmio, o clube se manteve firme. 

Ingressos mais baratos 
Durante o Campeonato Brasileiro, a direção também viabilizou com o fundo que administra a Arena a redução dos valores de ingressos. A medida aumentou a média de público corintiana, hoje superior à palmeirense. 

Programa popular para sócios
O Corinthians lançou modalidade para associados com preços inferiores a R$ 10 e viu saltar o número para mais de 130 mil integrantes. 

Esforço no marketing
A camisa corintiana segue sem patrocínio na manga, o que é a segunda propriedade mais valiosa do uniforme. Ainda assim, o marketing conseguiu comercializar outros dois espaços que estavam em branco e lançou pacotes para vendas de camarotes e cadeiras na Arena. A promessa de Roberto era, justamente, uma postura mais ativa do clube atrás de recursos. 

Mais jogadores da base 
Na esteira da redução de custos do elenco, a intenção de usar mais as divisões de base foi levada a Tite pelo gerente Edu Gaspar e se tornou bandeira do diretor de futebol Eduardo Ferreira. No Brasileirão, além de Malcom, jogadores como Guilherme Arana e Marciel foram utilizados na equipe titular em momentos importantes, ainda que a comissão se mostre reticente ao uso excessivo dos jovens. Hoje, 30% do elenco corintiano é feito em casa. 

Novo centro de treinamento quase pronto
Com obras paralisadas há muito tempo, o Centro de Treinamento para as divisões de base, também no Parque Ecológico do Tietê, está praticamente em condições de ser utilizado pelo departamento amador. Seria o primeiro estágio de conclusão das obras. 

Estabilidade para Tite
Com três anos de contrato acertados com Roberto, Tite jamais teve sua condição de treinador ameaçada. Mesmo com três eliminações ao longo da temporada e momentos de instabilidade no início do Brasileirão, o acordo assinado foi respeitado.