Neymar recebe 54% a mais de bolas no Barça sem Messi nesta temporada

Em campo, Neymar agora joga centralizado da mesma maneira que Messi, e tem maior liberdade podendo se mover para os dois lados. A participação na temporada atingiu o auge no último jogo dos titulares do Barça no domingo passado, na vitória por 3 a 1 contra o Eibar. O brasileiro recebeu 80 passes.

 

Com Messi ao lado na temporada, o auge de Neymar foi os 63 passes recebidos no primeiro jogo em que participou, na vitória por 1 a 0 contra o Athletic de Bilbao, no fim de agosto. Só que na derrota por 4 a 1 para o Celta, o último jogo em que a dupla atuou os 90 minutos, o brasileiro foi acionado apenas 22 vezes.

 

“O Neymar agora vai dando evidências do que é capaz. Joga com a liberdade que tem na seleção brasileira. Ainda que o desejo dele de lutar pela bola de ouro seja grande, ele está sabendo esperar. Não há dúvida que o Barcelona só tem um herdeiro para Messi: e ele é o Neymar˜, destacou Xavi Torres, do jornal catalão Sport.

 

Durante a semana, os veículos na Catalunha deram muito espaço para a evolução de Neymar sem Messi no time. O número de assistências é outra prova de como o participação do brasileiro no time mudou. O camisa 11 agora é o líder da equipe no quesito, com cinco passes para gol - Suárez é o segundo, com três, e Messi tem duas - Detalhe: todos eles dados nos últimos três jogos, quando o argentino não estava em campo.

 

A evolução de Neymar no quesito é incrível. Durante toda a temporada passada, Neymar deu apenas sete assistências, em um total de 51 jogos. Já Messi foi o líder do time, com 27, em 57 partidas.  

 

Em matéria de gols, o número de Neymar na temporada também cresceu sem Messi. Foram três marcados ao lado do argentino e cinco feitos sem ele em campo. O brasileiro é o vice-artilhero do time, já que Suárez lidera com nove gols.

 

“É um Neymar fazendo igualzinho o papel do Messi, e sem deixar de finalizar a gol como ele. Joga como 10, principal articulador, e também tem potencial de drible. O único aspecto que ainda difere o Messi dos outros é o poder de decisão˜, analisou Bruno Alemanha, da rádio catalã Cadena Ser.