Grêmio usa mesmo parceiro do Corinthians e mira lucrar R$ 5 milhões
O Grêmio entrou está atento a todas as formas de lucrar com seus jogadores já negociados. Além da manutenção de percentual de direitos econômicos, utilizado eventualmente pelo clube dependendo do atleta negociado, o mecanismo de solidariedade da Fifa é aliado quando os antigos jogadores da base do clube têm negociação internacional. E para monitorar estes atletas, o clube tem um parceiro em comum com o Corinthians.
O software Rede do Futebol firmou parceria com o clube em 2013 para as categorias de base, neste ano começou a usar a função do mecanismo de solidariedade. A ligação funciona no monitoramento de contratos de jogadores e todo mundo e também tem disponível histórico de registros que funciona para cobrança de percentual de direitos de formação. São mais de 300 mil atletas com informações atualizadas de minutos jogados, gols, transferências e alterações contratuais.
O Corinthians utiliza o mesmo sistema em suas categorias de base. A parceria começou praticamente nos mesmos moldes da que o Grêmio tinha nos primeiros anos. Em seguida o clube gaúcho evoluiu para o controle do elenco no profissional também.
O cálculo da formação de jogadores funciona da seguinte forma: O tempo de permanência de um jogador em determinado clube dos 12 aos 23 anos é medido e transformado em um percentual que parte dos 5% de qualquer negociação.
E desde o começo do ano, o Grêmio já se movimentou para cobrar valores sobre 13 negociações. Foram duas na janela anterior e outras 11 na última. O montante a receber é de 1,2 milhão de euros. Ou seja, ainda há R$ 5 milhões para entrar no caixa gremista.
Atletas que pouco jogaram pelo Tricolor, por exemplo, tiveram direitos cobrados por conta do monitoramento. O zagueiro Pablo, que foi da Ponte Preta para o Bordeaux, da França, Boschilia, que trocou o São Paulo pelo também francês Monaco, o zagueiro Maurício que deixou o português Sporting para Lazio, da Itália, e Pedro Henrique, que deixou o Zurich, da Suíça, rumo ao Rennes, da França, são exemplos claros disso.
As duas negociações que mais renderam verba ao Grêmio foram: as idas de Douglas Costa para o Bayern de Munique, da Alemanha, R$ 3,4 milhões, e Fernando do Shakhtar Donetsk para a Sampdoria, da Itália, R$ 1,1 milhão.
A cobrança do mecanismo de solidariedade parte do clube e tem prazo de dois anos para acontecer. Muitas vezes, clubes que não controlam os jogadores que passaram por suas categorias inferiores de forma rigorosa perdem o prazo e acabam deixando de lucrar com isso. O pagamento é forçado pelo regulamento da Fifa, mas depende diretamente da cobrança feita oficialmente pelos clubes.
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