Empresa ataca "falta de lealdade" e ameaça encerrar patrocínio ao Palmeiras

A direção do Palmeiras deixou a cúpula da Crefisa extremamente insatisfeita. Em entrevista ao jornal Lance!, Leila Pereira - que é dona da Crefisa e da FAM, as duas maiores patrocinadores do clube - demonstou irritação com a "falta de lealdade" dos cartolas alviverdes e cogita até mesmo encerrar a parceria.

A chateação da empresa se explica pela intenção do Palmeiras em lançar uma camisa retrô em conjunto com a Adidas. A fornecedora de material esportivo alemã propôs colocar a marca da Parmalat nas peças e fez a atual patrocinadora ameaçar deixar o clube, que tem acordo fechado com a Crefisa até o fim de 2016.

"Eu recebi hoje (sexta-feira) um e-mail do (Marcelo) Puggina (assessor especial do Palmeiras), que é o porta-voz do Paulo, dizendo que a Adidas procurou o Palmeiras para fazer uma edição limitada da camisa da Parmalat, e iria estampar a marca da Parmalat. Isso é uma falta de lealdade, falta de escrúpulo com o patrocinador, é motivo para rescisão de contrato. O patrocinador master é a FAM e a Crefisa, investimos quase R$ 100 milhões no Palmeiras, estamos reformando a Academia agora e o Nobre vem com essa proposta indecente? Acham que a gente é trouxa?", atacou a empresária Leila Pereira.

Ao jornal, Leila ainda externou insatisfação com os resultados obtidos pela empresa com o patrocínio ao Palmeiras. "Para continuar assim, eu largo o Palmeiras e vou para o Flamengo, que dá muito mais visibilidade", apontou.

De acordo com o Lance!, a ideia de colocar no mercado uma camisa retrô - que estaria na linha casual, de passeio - com o logo da Parmalat surgiu do clube. A Adidas aceitou, mas o clube recuou na sequência.

A resposta negativa do atual patrocinador após consulta do Palmeiras enterrou o plano. Em nota, o Palmeiras valorizou a Crefisa e reforçou que o projeto não será levado adiante.

A empresa, no entanto, mostra forte irritação como o tratamento que recebe do presidente Paulo Nobre.

"O relacionamento que deveria ser de primeira linha está sendo deteriorado por falta de lealdade e de jogo de cintura. Eles (dirigentes do Palmeiras) decidem e o último a saber é quem banca aquilo lá, junto com o Avanti", complementou Leila Pereira.