Dunga rechaça ameaça no cargo e pede paciência com a seleção

Com apenas quatro pontos em três jogos disputados, a seleção brasileira tem seu pior início de Eliminatórias na história. O momento ocorre justamente após um desempenho decepcionante na Copa América, quando a equipe foi eliminada ainda nas quartas de final. Ainda assim, o técnico Dunga não acha que os números ruins representem qualquer ameaça à sua continuidade no cargo.

“Ameaçado? Não sei o motivo. As cobranças são normais em todas as profissões. Ameaçado é uma palavra muito forte neste momento. Estamos falando em um trabalho a longo prazo. Não temos que pensar nisso agora”, rechaçou o treinador.

Segundo ele, todo início de Eliminatórias é complicado e a torcida precisa entender isso. Dunga ainda pediu paciência ao público que estará presente nesta terça, na Arena Fonte Nova, para a partida contra o Peru.

“Precisamos ter calma e paciência. O torcedor precisa compreender isso amanhã [terça]. Não é novidade que encontramos adversários fortes nesses seis primeiros jogos. Importante agora é ir somando pontos. Também não é novidade que Eliminatórias exige sacrifício. Será difícil assim até o fim. Em outras Copas ocorreu o mesmo. Precisamos de paciência”, ressaltou.

Apesar de tratar a situação como normal, Dunga sabe que precisa de mudanças no time. E até admitiu que poderá fazer isso para o jogo contra o Peru.

“Essas mudanças são naturais. Cada jogo é uma história. Um jogo tem uma característica que um jogador encaixa melhor, no outro pode mudar. Pode ocorrer isso agora. Foi assim contra a Venezuela, depois contra a Argentina. Vamos ver”.

Mesmo sem Dunga confirmar, a tendência é que Ricardo Oliveira dê lugar a Douglas Costa no ataque. Na defesa, Gil deverá ocupar a vaga do suspenso David Luiz. Todas as confirmações, no entanto, sairão apenas minutos antes de a bola rolar.

Como tem feito desde o início das Eliminatórias, o técnico fechou o treino desta segunda-feira no estádio de Pituaçu, em Salvador.