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A 20 dias de pleito, candidatos do Fla buscam apoio e descartam 'voto útil'

Vinicius Castro*

Do UOL, no Rio de Janeiro

17/11/2015 06h00

A 20 dias da eleição presidencial do Flamengo, os candidatos Eduardo Bandeira de Mello (Chapa Azul), Wallim Vasconcellos (Chapa Verde) e Cacau Cotta (Chapa Branca) buscam as últimas alianças antes de os associados irem às urnas em 7 de dezembro. Apesar da liderança do atual mandatário nas pesquisas, os concorrentes descartam o chamado “voto útil” no pleito.

Wallim Vasconcellos e Cacau Cotta sonham em surpreendê-lo e comandar o Rubro-negro no triênio 2016-17-18. Mas caso não seja possível triunfar, compor a oposição efetiva nos conselhos do clube é o mínimo esperado. Desta forma, mesmo que uma chapa supere a outra no decorrer da votação, os envolvidos não acreditam em troca de preferências em cima da hora na briga contra a atual administração.

“Ele [Cacau] pensa muito no voto útil de quem não quer o Eduardo como presidente. Nós não pensamos assim. Pensamos que, se você está feliz com o que aconteceu até agora, tem que votar em nós. Não queremos o voto de rejeição ao Eduardo. Queremos dizer: o que foi feito de bom na gestão foi feito por quem? Foi o Eduardo que fez? É um discurso difícil de fazer [que os membros da Chapa Verde são responsáveis pelos méritos]. Mas é verdade”, afirmou o candidato ao cargo de vice-presidente pela Chapa Verde, Rodolfo Landim.

A chapa vencedora na eleição conquista 48 cadeiras no Conselho de Administração e 120 no Conselho Deliberativo. A segunda colocada recebe 12 vagas no Administração e 30 no Deliberativo. Cacau Cotta abordou a prática comum do “voto útil” em eleições de clubes, porém, mostrou-se descrente da repetição do hábito no Flamengo.

“As duas candidaturas têm o mesmo DNA. Tanto faz votar nas chapas Azul ou Verde. As pesquisas mostram que o associado não vai migrar até pelas diferenças entre as propostas. A nossa linha ideológica de pensar o Flamengo é completamente outra. Se o que acontece no clube for bem avaliado pelo sócio, tudo bem. Mas o voto para quem considera ruim o trabalho do remo ao futebol só pode ser na Chapa Branca. Não vejo como acontecer tanto deslocamento de voto assim. A diferença é gritante entre uma coisa e outra”, explicou.

Enquanto projetam a votação, os candidatos buscam apoios decisivos na reta final. Bandeira tem ex-dirigentes importantes do clube ao seu lado e a proximidade de Márcio Braga, cujo grupo está com Wallim Vasconcellos. Patricia Amorim é uma incógnita, embora nos bastidores da Gávea seja dada como certa a adesão da ex-presidente ao grupo de Eduardo, caminho que Kleber Leite assumiu publicamente.

Wallim e Cacau também já anunciaram os nomes que farão parte das diretorias em caso de vitória nas urnas. Na Chapa Verde, Rodolfo Landim será o vice-presidente geral e de futebol, Luiz Eduardo Baptista, o Bap, responderá pelo marketing, Rodrigo Tostes pelas pastas de finanças e administração, Gustavo Oliveira ficará com a comunicação, Adalberto Ribeiro comandará o gabinete da presidência e Walter D´Agostino cuidará do patrimônio histórico. Outros três nomes foram confirmados: Raul Bagattini (Remo), Artur Rocha (Planejamento e Orçamento) e Lysias Itapicuru (Fla-Gávea).

Os dirigentes escolhidos pela Chapa Branca são os seguintes: Marcelo Faulhaber (planejamento e finanças), Arnaldo Cardoso Pires Filho (marketing), José Carlos Freitas (diretor executivo geral), Renato Ludwig (administração), Yuri Sahione (relações externas), José Pires (tecnologia da informação) e Luiz Mairovitch (Fla-Gávea).

* Colaborou Rodrigo Mattos