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31 gols sofridos e 9 derrotas: os clássicos do São Paulo em 2015

Do UOL, em São Paulo

23/11/2015 06h00

A goleada do Corinthians por 6 a 1 sofrida pelo São Paulo no último domingo (22) quebrou o recorde de maior placar da história do clássico - empatou com um 6 a 1 aplicado pelo São Paulo em 1933 e superou a marca do próprio Corinthians, que havia vencido por 5 a 0 em 1996 e 2011. Além das marcas atingidas dentro do clássico, a pesada derrota fechou um ano de resultados totalmente negativos por parte do São Paulo em clássicos: foram 14 jogos contra rivais em 2015, com nove derrotas e 31 gols sofridos.

Ao todo, em 14 jogos, o São Paulo venceu apenas dois. Empatou três vezes e perdeu nove. Foram apenas 11 gols marcados, contra os 31 sofridos. Foi o Santos o clube que mais marcou contra o São Paulo, com 13 gols, seguido pelo Corinthians, com dez gols feitos e pelo Palmeiras, com oito.

As duas vitórias nos 14 clássicos disputados em 2015 tiveram o São Paulo comandado por Milton Cruz como técnico interino, o mesmo que neste último fim de semana sofreu o 6 a 1 corintiano. A primeira foi válida pela fase de grupos da Libertadores, quando a equipe aplicou 2 a 0 no Corinthians, no Morumbi, e conseguiu a classificação para as oitavas de final. Pouco depois, em seu último jogo como interino antes do colombiano Juan Carlos Osorio assumir, Milton Cruz venceu o Santos por 3 a 2 no Morumbi, pelo Brasileirão.

Além do 6 a 1, houve outras derrotas pesadas em clássicos neste ano. Até o apito inicial em Itaquera o maior algoz de 2015 era o Palmeiras, que venceu por 4 a 0 em jogo válido pelo Brasileirão, no Allianz Parque, naquela que foi a quarta partida do São Paulo sob o comando de Osorio. O mesmo Palmeiras já havia vencido por 3 a 0 no Paulistão, ainda sob o comando de Muricy Ramalho. No segundo turno do Brasileirão, antes da saída de Osorio, o Santos também venceu por 3 a 0 na Vila Belmiro.

O péssimo retrospecto em clássicos e a derrota pesada para o Corinthians fizeram com que a diretoria do São Paulo deixasse a Arena Corinthians neste domingo falando que será preciso haver uma cobrança dura no elenco. O vice-presidente de futebol Ataíde Gil Guerreiro afirmou que, apesar de precisar prestigiar este grupo de jogadores até o fim do campeonato, o momento pede uma atitude para que o clube mantenha-se na briga pela vaga na Copa Libertadores.

Ataíde Gil Guerreiro também afirmou que o técnico que irá suceder Doriva está "quase contratado" e deverá ser anunciado nos próximos dias pelo clube. O vice de futebol não quis admitir se o novo treinador será o uruguaio Diego Aguirre, ex-Internacional, com quem o São Paulo negociou na semana passada. Empresário que comanda as conversas entre Aguirre e São Paulo, Juan Figer afirmou ao UOL Esporte depois do jogo deste domingo que Aguirre quer treinar o São Paulo e aumentou o prazo de espera por uma resposta.

Por outro lado, a diretoria do São Paulo já enfrenta pressão pela pesada derrota para o Corinthians. Horas depois da partida, um grupo de torcedores membros da principal organizada do clube protestou na porta do CT da Barra Funda e fez necessária a escolta da Polícia Militar para a chegada do ônibus da delegação, que vinha de Itaquera. O veículo foi apedrejado, mas não houve danos mais graves.