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Aonde vai parar o que você perde no estádio? Clubes acham até chapinha

Daniel Lisboa

Do UOL, em São Paulo

25/11/2015 12h00

Um lugar lotado de gente pulando, se abraçando e distraída é ótimo para um monte de coisa ficar pelo caminho. Sim, estamos falando dos estádios e daquilo que seus frequentadores esquecem neles. Documentos, carteiras e chaves estão no topo da lista dos objetos deixados nas arquibancadas. Mas há quem esqueça até pochete cheia de dinheiro e chapinha para cabelo. Aonde tudo isso vai parar? O que o torcedor deve fazer para tentar reaver o que perdeu?

O UOL Esporte visitou o “achados e perdidos” dos três grandes estádios de São Paulo para descobrir. Confira.

Allianz Parque

Os objetos perdidos pelos palmeirenses no Allianz Parque não estão guardados no estádio e nem na sede do clube. Para encontrá-los, é preciso procurar no Centro de Treinamento do time na Barra Funda. É lá que funciona o achados e perdidos não-oficial do Palmeiras. A pilha de pertences fica sob os cuidados do departamento responsável pela organização dos jogos na Arena. Isso significa que, caso você tenha perdido algo em um show, deve procurar a empresa organizadora do evento, e não o Palmeiras.

Os itens perdidos no Allianz Parque ficam guardados em caixas. Além dos muitos documentos e carteiras, há também óculos, um clássico radinho de pilha e chaves, muitas chaves. Um dos molhos deixados para trás tem nada menos que nove delas, o que obviamente deve ter dado uma baita dor de cabeça ao dono.

Guilherme Lipi, gerente geral do departamento, explica que, sempre que possível, procura entrar em contato com os donos dos objetos. Isso é feito, por exemplo, comunicando o banco que um dos clientes perdeu um cartão, pelo cadastro do programa Avanti e mesmo pelo Facebook.  Guilherme diz que cerca de 60% dos objetos acabam devolvidos, e divulga o número para o qual os torcedores devem ligar caso tenham esquecido algo: 3874-6500.

Morumbi

Na casa são-paulina, os objetos perdidos ficam sob os cuidados do departamento responsável pela segurança do estádio. Assim como no caso palmeirense, em torno de 90% dos itens guardados lá são documentos e carteiras. Também é comum torcedores esquecerem celulares, mas, segundo o coordenador de segurança Gilson Barbosa, “aí eles normalmente vêm buscar logo por causa do valor do objeto”.

Gilson também conta a curiosa história de um colombiano que veio ao Morumbi para o jogo entre São Paulo e Atlético Nacional, pela Sul-Americana do ano passado, e largou na arquibancada uma pochete recheada de documentos (incluindo passaporte), celular e dinheiro. “Nos primeiros dias em que a pochete ficou com a gente, o celular tocava sem parar. Eram clientes do cara ligando pra ele”, lembra o coordenador. “Até que falamos com um deles, que avisou o dono e uns cinco meses depois ele apareceu aqui para pegar de volta”.

No Morumbi, os itens costumam ficar guardados por cerca de um ano e meio. Depois desse período, continuam lá, mas vão para um depósito. A média de objetos recuperados é de 40%, segundo Gilson, e o telefone do “achados e perdidos” tricolor é 3749-8101.

Arena Corinthians

Os corintianos que sentirem falta de algo após o jogo têm dois caminhos a seguir. No dia do jogo, os objetos perdidos ficam à disposição na Ouvidoria, localizada tanto no setor Oeste do estádio quanto no Leste. Depois, os itens seguem para o Parque São Jorge, onde são arquivados no Departamento de Arrecadação do clube.

Responsável por cuidar dos objetos, o assistente de arrecadação Lenilson de Oliveira calcula que hoje há entre 200 e 300 itens arquivados.  A grande maioria, mais uma vez, são documentos, carteiras, cartões de banco e chaves. Mas Lenilson conta que já foi encontrado algo que destoa bastante desse grupo: uma prancha para alisar cabelo (chapinha).

Se você é um corintiano esquecido, o telefone a ligar é o 2095-3000, ramal 3064 ou 3011.