Lewandowski ao quadrado! Bayern tem xará que brilha entre as mulheres
É gol do Bayern de Munique! E o locutor da Allianz Arena grita por Lewandowski. Nenhuma novidade, certo? Errado. Porque quem balançou as redes não foi Robert Lewandoski, artilheiro do Campeonato Alemão, das Eliminatórias da Euro-16 e que tem 20 gols em 20 jogos na temporada.
O atacante polonês não é o único Lewandowski do Bayern de Munique. Ele tem um xará que chegou dois anos antes no clube bávaro. Ou melhor, uma xará: Gina Lewandowski.
Bisneta de polonês, Gina nasceu nos EUA, no estado na Pensilvânia, onde começou a carreira nos gramados. Curiosidade: ganhou dois prêmios de jogadora ofensiva do ano na liga norte-americana, tendo marcado oito gols em 16 jogos como meio-campista, mas virou defensora. Com a camisa 2 no Bayern de Munique, ora joga como zagueira, ora como lateral. Mesmo assim, não perdeu o faro de gol.
Duvida? Nas últimas três partidas do Campeonato Alemão, Gina Lewandowski marcou três gols. O último deles decidiu o jogo contra o Frankfurt, seu primeiro clube na Alemanha.
Diante do sucesso na Bundesliga, Gina Lewandowski foi convocada pela primeira vez para a seleção dos EUA e estreou jogando 20 minutos contra o Brasil. “Foi fantástico. Eu estava entre as melhores jogadoras do mundo”, disse ela à Fifa. Antes, havia sido lembrada em outras duas oportunidades, mas acabou cortada por lesão.
Contratada pelo Bayern, foi confundida com polonês
Gina Lewandowski desembarcou em Munique em 2012. À época, o atacante polonês jogava pelo Borussia Dortmund e tinha contratação especulada pelo Bayern – que viria a concretizar-se dois anos depois.
Junto à contratação da defensora, logo veio a manchete nos jornais bávaros: “Lewandowski acerta com Bayern de Munique”. Pronto: a notícia bombou nas redes sociais e criou um grande mal-entendido na Alemanha. Afinal, não se tratava de Robert, mas de Gina.
“Eu estava por fora no primeiro momento. Eu estava ainda em Frankfurt quando me mandaram a notícia. Não tinha ideia do quanto repercutiria em Munique. Quando eu cheguei aqui eu vi que a matéria tinha mais cliques e curtidas que qualquer outra”, conta Gina.
“Então eles publicaram outra matéria explicando que se tratava da Sra. Lewandowski se juntando ao time feminino. Foi muito divertido. E de algum modo eu fiquei lisonjeada por eles terem me confundido com ele”, explica a jogadora de 30 anos.
Encontro e autógrafo de Robert Lewandowski
Diante do burburinho causado na Alemanha, Gina e Robert não demorariam para se conhecer depois que o atacante polonês transferiu-se para o Bayern de Munique em 2014.
“Nós falamos sobre nossas raízes e olhamos no mapa para ver as cidades de onde viemos – as cidades nem são tão distantes uma da outra”, diz Gina.
“Nós trocamos camisas, o que foi fantástico. Eu não sei o que ele fez com a minha, mas eu fiquei muito feliz em receber a dele. Ele até autografou. Foi muito legal encontrá-lo”, relembra a “Sra. Lewandowski", que sonha em disputar a Rio-16.
"Eu não acho que chegarei à próxima Copa do Mundo três anos mais tarde, mas as Olimpíadas eu posso alcançar. Rio-16 é a próxima grande competição e eu acho que também será minha última chance", diz Gina Lewandowski, desconhecida no Brasil, mas que pode pintar no Rio de Janeiro no ano que vem.
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