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Prefeitura quer vender terreno do Canindé e Lusa poderia ficar sem casa

Vista geral do estádio do Canindé, da Portuguesa, em São Paulo (SP) - João Wainer/Folhapress
Vista geral do estádio do Canindé, da Portuguesa, em São Paulo (SP) Imagem: João Wainer/Folhapress

Pedro Lopes

Do UOL, em São Paulo

27/11/2015 18h27

A Prefeitura de São Paulo encaminhou nesta sexta-feira para a Câmara Municipal um projeto de lei que determina a venda do terreno onde fica o Canindé. A medida atende a um desejo da Portuguesa, que vem conversando com o Município sobre um interesse em adquirir o terreno, mas pode acabar indo contra os interesses do clube, caso outra entidade ganha a licitação.

O projeto prevê que a venda aconteça através de licitação, um procedimento que admite a participação de todos os interessados e leva em conta a melhor proposta. Na carta que enviou aos vereadores, a Prefeitura diz que a venda deve acontecer “sem que a atual ocupante desfrute de qualquer vantagem ou prerrogativa”.

Em outras palavras, se alguém fizer uma proposta superior à da Portuguesa, que passa por momento financeiro delicado, ficará com o terreno, deixando o clube sem parte de sua casa.

A Portuguesa procurou a Prefeitura há algum tempo e concordou com a venda – o clube tem interesse em comprar o terreno. Para a Lusa, no entando, é necessário que haja um direito de preferência por ser o atual ocupante.

“Existe uma legislação específica dos clubes que determina que os ocupantes do terreno tem preferência na compra, e achamos que seja este o caso. Ainda não tivemos acesso ao projeto, mas estamos discutindo com a Prefeitura a compra, o valor e alguns outros questionamentos”, afirmou Jorge Manuel, presidente do clube Paulista.

A última avaliação do terreno previa um valor de R$ 37 milhões, em 2009. Um novo procedimento será realizado – a quantia, nesse momento, é alta para os cofres da Lusa. “Estamos conversando com a prefeitura sobre o valor. Hoje não teríamos condição de fazer um pagamento alto, mas existem negociações, contrapartidas, estamos conversando”, explica Jorge Manuel.

O projeto de lei é o no. 626, e ainda precisará tramitar pela Câmara dos Vereadores. Não há previsão de quando será votado.