Topo

Willian Arão devolve dinheiro, e Botafogo promete 'guerra' por renovação

Satiro Sodre/SSPress
Imagem: Satiro Sodre/SSPress

Bernardo Gentile

Do UOL, no Rio de Janeiro

27/11/2015 18h55

Willian Arão e Botafogo definitivamente não falam a mesma língua. Enquanto o clube faz de tudo para manter o jogador no elenco, o volante deixa claro que não se vê em General Severiano em 2016. Nesta sexta-feira, o Alvinegro realizou o depósito de R$ 400 mil referente à cláusula de renovação automática até o fim de 2017, estabelecida em contrato assinado pelas duas partes.

A carreira do jogador é agenciada pelo próprio pai, Flávio Arão, que mantinha conversas com o Botafogo frequentemente. O volante se valorizou bastante nesta Série B e acredita que poderá conseguir um contrato melhor com outro time. O problema é que o Alvinegro bate na tecla da cláusula automática.

Um dos interessados em contratar Willian Arão é o Flamengo. O rival, porém, diz que não entrará em briga judicial para fechar negócio. Mais que isso. O Rubro-negro diz que só tentará o jogador se o mesmo estiver livre no mercado. O clube da Gávea pode até mesmo desistir do atleta caso a negociação seja muito arrastada.

E justamente por isso a situação começa a se complicar para Arão. Para ficar sem vínculo com o Botafogo, o jogador terá que ir à Justiça e provar a irrelevância da clausula que assegura a renovação automática com o Alvinegro. E a diretoria de General Severiano está pronta para o embate.

“O Botafogo não é barriga de aluguel. Temos nossos direitos. Fizemos a nossa parte e exercemos a clausula da continuação do contrato. A partir do momento que o jogador devolve o dinheiro, mostra que não quer ficar, mas vou dar a ele o benefício da dúvida. Nossas portas estão abertas para eles nos procurarem. Pelo visto, agora será uma batalha judicial”, disse o presidente Carlos Eduardo Pereira ao UOL Esporte.

Willian Arão chegou pouco valorizado ao Botafogo no começo do ano. Ainda aos 20 anos, o volante havia integrado o elenco campeão mundial pelo Corinthians em 2012, mas teve passagens discretas por Portuguesa, Chapecoense e Atlético-GO entre 2013 e 2014.  No Alvinegro, o bom futebol o tornou peça fundamental para o acesso e título da Série B.